terça-feira, fevereiro 28, 2012

Até fiquei amarelo...

No regresso da reunião do Comité Central, onde se debateu, livre e democraticamente, a situação portuguesa e que fazer (e como) para mudar este rumo em que Portugal e os portugueses estão, "mudei de mundo".
E apanhei com Krugman em todos os sons e tons.
Depois, hoje, li resumos:

Paul Krugman desaconselhou mais austeridade em Portugal, disse que não há muito a fazer para descer a taxa de desemprego e duvidou da capacidade do País regressar ao mercado em 2013.

Ah! pois!... Vamos lá por partes:
Desaconselhou mais austeridade?
E não seria de inverter
o rumo da austeridade em que se está?
Não há muito a fazer
para baixar taxa de desemprego?
E que tal criar empregos
em vez de vender empresas públicar e especular?
Duvidou da capacidade de
"regresso ao mercado em 2013"?
Com este rumo, quem é que não duvida?

Krugman disse que mais austeridade não é o caminho para Portugal, mas insistiu em que os salários têm de descer para que o País recupere a competitividade. "Portugal tem de descer os salários em relação ao core da zona euro. Muitas pessoas questionam por que é que insisto nos salários. Infelizmente, Portugal tem um défice externo muito elevado e tem de aumentar a competitividade, o que passa por baixar os salários",.

Ah! é?
Mas não se percebe...
baixar salários não é mais austeridade?
E isso de aumentar a competividade
baixando salários
não foi chão que (nunca) deu uvas?!,
e não se traduz por mais exploração?
É isso - mais exploração! -
que evidentemente se pretende.

Ao falar em conferência de imprensa, o tão laureado voltou a insistir, a modos de fixação, que Portugal deve descer os salários 20% a 30% em relação à Alemanha porque a "Alemanha é a referência na zona euro". Krugman admitiu que preferia que houvesse uma alteração nos salários alemães em vez de o ajustamento se aplicar nas remunerações em Portugal. "Não é simpático, mas é algo que terá de acontecer", disse,  "Portugal não tem de reduzir os salários para o nível dos chineses", pois não é com países como a China que Portugal está a competir.

Não se percebe lá muito bem...
Ou percebe?!!!
O que há a fazer, sem mais austeridade...,
é baixar 20 a 30% os salários...
em relação aos alemães
não aos chineses
(essa foi simpática...). 
Ponto final! Parágrafo.
...
Perdão... só uma dúvida:
mas o salário médio alemão
não é três vezes superior
ao salário médio português?
Não é por isso que
- diz-se... -
"eles" estão a querer importar
trabalhadores portugueses?

De uma vez por todas: onde é que está o problema da produtividade em Portugal?
Nos trabalhadores e nos seus salários?
Não  gosto de dividir portugueses, mas não é evidente que há portugueses que são trabalhadores, e que há portugueses que são... outra coisa?!

isto é uma espécie de desabafo,
ao descer a este mundo de Krugmans,
na luta por um outro mundo (de gente!)

4 comentários:

trepadeira disse...

Qualquer engaiolado,caçado pelo rabo,anda às voltas,e mais voltas,mas nunca se solta,não quer.

Um abraço,
mário

samuel disse...

Ah... então isto é que deve ser a tal "austeridade inteligente"!
Afinal o que o Seguro quer... é o Nobel! :-)

Abraço.

Justine disse...

Devo ser muito estúpida, pois não consigo acompanhar o raciocínio destes iluminados Nobels....

Graciete Rietsch disse...

Aumentar competitividade à custa da exploração da baixa de salários NÃO, NÃO ME CONVENCE.É voltar à escravatura e nós temos que andar em frente.

Um beijo.