Se à população desempregada no quarto trimestre de 2011 (771 mil) somarmos os inactivos disponíveis (203,1 mil) e os inactivos desencorajados (82,9 mil), mais o sub-emprego vísivel (186,6 mil), teremos mais de 1,2436 milhões de desemrpegados. Ao que corresponderá uma taxa de desemprego, em sentido lato, superior a 21,4%.
Se tornarmos esta noção de desemprego um pouco mais restrita, excluindo os inactivos desencorajados, ficarmeos com 1,1607 milhões de desempregados, ao que corresponderá uma taxa de desemprego, também em sentido lato, superior a 20,3%.
É caso para dizer: de facto, o chamado Programa de Assistência Económica e Financeira, ou como o povo diz, o pacto de agressão das troikas é um sucesso! E ainda há quem fique espantado ou se sinta injustiçado com as decisões das diferentes agências de rating... tanto em relação à dívida pública como em relação à dívida da banca.
Ricardo Oliveira
4 comentários:
GREVE GERAL! A LUTA É O CAMINHO.
Isto está mesmo preto.
Concordo plenamente com a GG, contudo na net, o reaccionarismo já começou, "a CGTP vai agravar a economia portuguesa" que ninguém se deixe levar, dia 22 Março Vamos Fazer e apoiar a Greve Geral.
BJS,
GR
Agora, o governo vai criar o "fundo de desemprego" para a Administração Pública... os funcionários públicos vão começar a descontar para eles despedirem!
Não faz grande sentido considerar no desemprego lato os inactivos disponíveis e não considerar os inactivos desencorajados (aliás, em bastante menor número), porque, ao contrário do que a divisão terminológica entre os dois conceitos pode sugerir, o inactivo desencorajado, pela definição adoptada, é alguém que quer trabalhar, que até pode estar imediatamente disponível para trabalhar, mas que simplesmente não fez diligências de busca de trabalho no período de referência (ou nas três semanas anteriores)por alguns motivos. A divisão entre os dois tipos de inactivos é muito artificial, imprecisa e pouco operativa. Neste sentido, concordo mais com o primeiro cálculo de desemprego lato. Não deixa de ser surpreendente que este cálculo, mais acertado, comece a transparecer na própria imprensa burguesa, como se pode ver, entre outros locais, aqui http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=538811&pn=1
O critério supremo deve ser sempre que a taxa de desemprego forneça uma medida aproximada da força de trabalho desaproveitada na sociedade.
HM
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