Acompanhando-me no percurso de autocarro Ourém-Santa Apolónia (e depois Terreiro que foi-e-será do Povo) levava o habitual semanário de sábado, e fui lendo aquilo em que procuro manter actualização e detive-me na capa da Revista.
No miolo (salvo seja), os "bem trabalhados" testemunhos e imagens da "nova geração rebelde". Deste "rap irreverente" (tatuado com "o rap é a guerra" e "traição é morte"), e a modelo que recebe convites aliciantes de Paris, e a bloguer dissidente, e o skater de espírito radical, e o cinéfilo e o cineasta, e o paladar de luxo e a "felicidade da conquista de um pedaço de carne de vaca", e mais umas coisas, demonstrando haver quem sonhe com outra Cuba ("Aqui há muito talento que sofre com o isolamento. O cubano está louco por fazer parte do mundo globalizado", explica o skater radical que é guru e pioneiro das tatuagens).
Lembro anos 80 e viagens pela "Europa de Leste" antes de "conquistar" a globalizada "felicidade" de desemprego, imigração e miséria para tantos, com alguns "talentosos" a comprarem clubes de futebol e tudo o que estiver à venda, lembro as estatísticas de saúde e educação de Cuba (OMS, UNESCO, PNUD) em confronto com as do "mundo globalizado", particularmente os países vizinhos, o apoio cubano a Haiti, lembro o povo cubano, Guantanamo, os 5 de Miami.
E vou buscar, a "OUTRA INFORMAÇÃO", a Vermelho, esta "charge de Lattuf"
"Cuba livre"?
Sim!, desde que libertada da prisão do bloqueio e de revistas como a do Expresso!
Para isso lutam os cubanos. E muitos de nós, com o nosso ínfimo contributo.
8 comentários:
O ataque a tudo o que não está globalizado é contínuo, persistente, cruel,usando todas as armas até ao crime!
E tu, que não tens a mente globalizada, vais denunciando...
E nós estamos com os cubanos e seus dirigentes, no caminhho semeado de espinhos, que corajosamente prosseguem, contra todas as ingerências e globalizações. Os cubanos têm a cultura que a Revolução lhes deu, para saberem defender as grandes conquistas que alcançaram e repudiar as mentirosos "cantos de sereia".
Um beijo.
É ínfimo e todo, e continua.
Abraço
Realmente... se Cuba se visse livre de tudo isso...
Abraço.
Ainda há quem compre o "Espesso".
E eles vão continuar a lutar e nós também, solidários que somos.
Quero voltar lá rápido...
Os média dominantes só fazem notícia com as minorias cubanas.Um milhao de cubanos vem para a rua em defesa do socialismo,e nao é caso de notícia.Enfim...imprensa livre,ou liberdade de transmitirem o que lhes
convém,nao é?
O Expresso ao sobrevalorizar "gente tão esquisita" deu uma machadada no jornalismo ... é pena !
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