Há vida - e economia, e leituras... - para além da dívida.
No final de um dia de massacre deformativo e de busca de correcções informativas, sabe bem ler outras coisas antes de adormecer. Agora, estou a entrar pela madrugada com o Eça e as suas notas de viagem.
E, de manhã, no meio de outros trabalhos, de leituras e visionamentos, recordo umas linhas lidas umas horas antes, sobre "raça", não no sentido negativo mas como características naturais (de clima e de outros elementos do meio) de origem das gentes.
Escrevia Eça, a propósito dos andaluzes, ao atravessar aquelas terras e ao observar aquelas gentes:
"(...) A entrada num cérebro de ideias estranhas , contrárias ao elemento primitivo desse cérebro, deforma, muda, destrói as linhas fisionómicas. (...) outras são as condições da vida moderna. A dificuldade da existência material, a luta dos interesses vitais, a preocupação dos negócios, tudo isso que constitui o viver actual, é pouco próprio para deixar desenvolver a simplicidade nos espíritos e nas fisionomias a pureza das raças. Estas novas condições, pelo contrário, fazem degenerar, consomem, alteram tudo quanto na beleza fisionómica são linhas tradicionais."
Veio esta lembrança a propósito de uma conversa, ao pequeno-almoço, sobre o ar baço, sombrio, medíocre, de quem nos está (des)governando, da falta de algum brilhozinho, de alguma "chispa", desta "equipa".
Pois!
Também... com estas ideias (?!) que lhes incutem. para que sejam obedientes agentes executores de uma ideologia, que se poderia esperar?
Não faltariam outros exemplares, também do outro sexo (de segundo... à Simone Beauvoir), mas, por agora, ficam estes três.
5 comentários:
Está lá tudo nas caras! Quer dizer... menos a vergonha... :-) :-)
Abraço.
É bom reler os grandes autores, alguns cada vez mais actuais.
Já teriam nascido com estas caras de velhacos ou foram-nas aperfeiçoando.
BJS,
GR
As caras falam por si mas a do Relvas resume a satisfação do cumprimento do dever imposto.
Um beijo.
Samuel - É de caras...
GR - Então não é?
Quanto às caras, acho que se foram acanalhando...
Graciete - Essa da satisfação pelo dever imposto cumprido é muito boa.
Abraço e beijos
Quem vê caras,vê os coraçoes,neste caso,temos que subverter o provérbio.
Abraço.
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