De onde?
Qual a data?
Recorda-se que o título genérico do capítulo destes três extractos é Mercado Comum e União Europeia - condicionalismos e limitações à independência
(...)
2. O Mercado Comum (nomeadamente a circulação livre de mercadorias e
capitais) já continha para Portugal, dado o seu atraso relativo, elementos
desfavoráveis ao desenvolvimento e novas limitações à independência. A evolução
num sentido federalista da integração europeia nos planos económico, político e
militar, ameaça transformar Portugal num Estado subalternizado e periférico,
cuja política poderá passar a ser crescentemente decidida, mesmo que contra os
interesses portugueses, por instâncias supranacionais dirigidas no fundamental
pelos Estados mais fortes e mais ricos e pelas empresas transnacionais.
Trata-se de uma gravíssima ameaça à independência e soberania nacionais,
susceptível de comportar consequências históricas dificilmente reparáveis.
A situação criada por esta evolução e a sua difícil alteração a curto prazo
(agravando-se com a ratificação do Tratado de Maastricht) torna indispensável
uma política que se desenvolva em quatro direcções principais: defender sempre
firmemente os interesses portugueses resistindo a decisões que os prejudiquem;
minimizar com medidas concretas os condicionalismos e consequências negativas da
integração; lutar contra a limitação da democraticidade das instituições
europeias; e utilizar a favor do progresso de Portugal e do bem-estar dos
portugueses todos os meios, recursos e possibilidades que a integração possa
oferecer.
(...)
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