quarta-feira, março 07, 2012

Ex-tractos - 2p


De onde?
Qual a data?
Recorda-se que o título genérico do capítulo destes três extractos é Mercado Comum e União Europeia - condicionalismos e limitações à independência

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2. O Mercado Comum (nomeadamente a circulação livre de mercadorias e capitais) já continha para Portugal, dado o seu atraso relativo, elementos desfavoráveis ao desenvolvimento e novas limitações à independência. A evolução num sentido federalista da integração europeia nos planos económico, político e militar, ameaça transformar Portugal num Estado subalternizado e periférico, cuja política poderá passar a ser crescentemente decidida, mesmo que contra os interesses portugueses, por instâncias supranacionais dirigidas no fundamental pelos Estados mais fortes e mais ricos e pelas empresas transnacionais.
Trata-se de uma gravíssima ameaça à independência e soberania nacionais, susceptível de comportar consequências históricas dificilmente reparáveis.
A situação criada por esta evolução e a sua difícil alteração a curto prazo (agravando-se com a ratificação do Tratado de Maastricht) torna indispensável uma política que se desenvolva em quatro direcções principais: defender sempre firmemente os interesses portugueses resistindo a decisões que os prejudiquem; minimizar com medidas concretas os condicionalismos e consequências negativas da integração; lutar contra a limitação da democraticidade das instituições europeias; e utilizar a favor do progresso de Portugal e do bem-estar dos portugueses todos os meios, recursos e possibilidades que a integração possa oferecer.

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