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Esta nova escalada de agressão ilustra a política de
autêntico terrorismo de Estado que os governos de Israel têm vindo a praticar
contra o povo palestino.
Neste contexto, o
CPPC não pode deixar de assinalar a hipocrisia daqueles que se dizendo
defensores dos direitos humanos, e a partir desse pretenso fundamento, agridem
os direitos humanos e dos povos e a saqueiam os recursos naturais de diversos
países – como sucedeu mais recentemente na Líbia, e agora se traduz na ameaça
concreta sobre a Síria e o Irão.
Na
verdade, os que fingem preocupar-se com a defesa dos direitos humanos não têm
reflectido a sua «preocupação» no que toca ao povo palestino, cujos direitos têm
vindo a ser preteridos em função dos interesses e abusos do Estado de Israel,
apoiado pelos EUA.
Relembramos 27 de
Dezembro de 2008, dia em que o governo de Israel concretizou a mais uma violenta
e destruidora intervenção militar contra o povo palestino na Faixa de Gaza,
agressão que, até ao dia 18 de Janeiro de 2009, provocou cerca de 1400 mortos e
5000 feridos – a maioria dos quais civis palestinos, mulheres e crianças –,
assim como efeitos devastadores na economia e infraestruturas daquele
território, tendo Israel sido condenado no Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas.
Apesar do chamado
“Relatório Goldstone” denunciar mais tarde que Israel cometeu na sua agressão à
Faixa de Gaza crimes de guerra e contra a Humanidade, os EUA, como os países da
União Europeia nada fizeram.
O CPPC
denuncia a cínica diplomacia da União Europeia como cúmplice da política
belicista levada a cabo por Israel. União Europeia que – a coberto da falsa
consideração da ilegal ocupação israelita dos territórios da palestina como um
conflito entre estados – continua a apoiar, de facto, as intenções
expansionistas de Israel e os planos de controlo dos recursos do Médio Oriente
por parte dos EUA.
Dezoito anos decorridos
sobre a assinatura dos acordos de Oslo, o CPPC reafirma a urgência do
cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao mesmo
tempo que apela à Assembleia Geral da ONU para que pugne pelo fim imediato da
agressão ao povo palestino e condene Israel pelos crimes de guerra e contra a
humanidade que cometeu nos últimos 60 anos.
Depois de Portugal se ter vergonhosamente abstido na
votação que ditou a entrada da Palestina como membro da UNESCO, agindo
contrariamente aos valores consagrados na Constituição da República Portuguesa,
o CPPC exige agora que o Governo português tome a atitude digna de condenar
estes ataques e pugne pelo direito do povo palestino a um
Estado.
O CPPC reafirma a sua
solidariedade para com o direito do povo palestino à Paz, à Liberdade, a uma
vida digna e à construção de um Estado independente, soberano e viável,
reiterando mais uma vez os objectivos da Moção aprovada na XXII Assembleia da
PAZ, segundo a qual exige:
- O estabelecimento de um
Estado da Palestina dentro das fronteiras de 4 de Junho de 1967, com Jerusalém
Leste como capital;
- O fim da ocupação
israelita;
- A interrupção da construção
dos colonatos e o desmantelamento dos existentes;
- O derrube do Muro de Separação;
- O fim do bloqueio a Gaza;
- A libertação dos presos políticos
palestinos;
- O respeito do direito ao
regresso dos refugiados.
Saudações de
Paz,
A Direcção Nacional do
CPPC
1 comentário:
Na próxima quinta feira iremos fazer uma ação de rua, pela Paz, na Praça da Liberdade no Porto. (às 17h30m).
Também temos divulgado a posição do CPPC sobre a escalada de agressão israelita à Faixa de Gaza.
Pela Paz, contra a guerra dos imperialistas.
Um beijo.
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