A palavra do dia de ontem foi consenso. Ou que foi a palavra-mote que deu origem a várias glosas. Umas explícitas, outras não, como sofismadas expressões ditas de "disciplina de voto".
A maioria dos nossos representantes (sim, porque estão "lá" porque lutámos para que "lá" estejam por via de escolha nossa para nossos representantes, porque nós os elegemos, embora não nos estejam a representar - a mim, a ti, a nós - mas a fazerem como se estivessem... porque estão "lá" por efeito de escolha nossa), dizia que a maioria dos nossos representantes usaram e abusaram despudoradamente do consenso escorado numa representação que nós lhes demos. Mas não para o que estão a fazer! Não para o que vêm fazendo há 36 anos e que, cedo ou tarde, terá de ser corrigido. Por nós.
São eles, os do consenso, uma maioria directa eleita por nós, obediente a uma outra fictícia maioria que, aqui e ali e mais além, se foi afastando dessa ligação de representatividade, uns e outros ao serviço de interesses financeiros, de estratégias de classe. Em que, acrescente-se, andam um tanto à deriva, entre esporádicos e inconsequentes ressuscitamentos keyneseanos afogados em desbragados e suicidários liberalismos
Se não soubéssemos tudo isto, que nada é se não levado a uma prática verdadeiramente democrática, participativa, interveniente. para além da escolha de quem nos represente e que não nos representa há 36 anos, afirmar-se-ia que "está tudo louco" . Que o consenso não tem senso, que há ausência, falta total de bom senso!
2 comentários:
O consenso não é geral. Existe entre os aderentes ao neoliberalismo.
Mas a luta continua.
Um beijo.
Não têm sequer senso,quanto mais bom.
A democracia não acaba nas eleições,começa.
Quando assim não é dá nisto.
Um abraço,
mário
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