OuVer programas de “grande comunicação”, quer na “rádio do automóvel”, quer no “aparelho de televisão do canto da casa”, em que são abertos canais à “opinião pública” (melhor: do público) é, ou pode ser, um teste à nossa própria sanidade mental. Ou, como correctamente se deveria talvez dizer, à consistência da nossa confiança nas massas…
Antes de mais, há que ter perfeita (e científica) consciência de que aquelas amostras não são representativas. Tal como caso das sondagens, mas mais ainda neste caso, a escolha de quem é ouvisto é inteiramente aleatória, ou – bem pior ainda – é “escolhida a dedo". Mas os testemunhos são um dado importante. Não se pretendem desvalorizar, mas sim colocar na sua devida e útil importância.
Hoje, foi a magna (ou magra?) questão dos cortes nos subsídios de 13º e 14º mês serem para sempre ou serem só até passar o “pacto de agressão” (como justa e comprovadamente lhe chamamos).
Com introduções e “sapientes” comentários, ouviu-se de tudo... menos o que era necessário ser dito, embora um ou outro testemunho tivesse apontado ao alvo mas acertado ao lado.
Quero dizer com isto que eu é que sei? Não. O que quero dizer é que tudo o que se ouVe é um reflexo muito significativo da informação manipulada e oportunista, do pensamento único invasor e instalado Que há que tudo fazer para pôr em causa, para trazer à discussão.
Por agora, não tenho mais tempo, mas logo voltarei a estas reflexões a partir do tema dos subsídios e da sua perenidade, já afirmada anti-constitucional, ou da sua efemeridade, que Vitor Gaspar já veio confirmar, acrescentando o sempre negado prolongamento (ou renovado “resgate”), que também se pode traduzir: "é só até ao fim da agressão... que não terá fim!"
A não ser que nós lhe punhamos fim!
A não ser que nós lhe punhamos fim!
2 comentários:
Se não lhe pusermos fim, põe-nos ele fim a nós.
Mas isso não acontecerá.
Um beijo.
Vamos ver!Tanto esticam a corda...e o desemprego a aumentar...e o descontentamento também...e... Abraço
Enviar um comentário