A página dedicada ao mês de Julho tem que se lhe diga. Porque nela se fez uma "gracinha" a que os "senhores da PIDE" não acharam nenhuma graça (como a muitas outras), e bastante se irritaram com quem eles julgavam ser "o manda-chuva" da iniciativa e da editora. Este foi "amavelmente" levado por uns agentes da "instituição", à presença de um "senhor inspector", que o interpelou em termos desabridos, que aqui se irão contando.
O caso foi que, nas efemérides, se assinala a morte de Salazar em 26 de Julho de 1970 e, por acaso..., colocou-se logo ao lado um poema de Bertolt Brecht, como se pode comprovar:
"Então o senhor acha que Salazar, se ressuscitasse ao 8º dia, não encontraria um lugar de porteiro em todo o Império?...", perguntou-me ele, fazendo-se esperto. Eu, fazendo-me mais esperto que ele, respondi-lhe que não se tinha reparado na ligação e que, se ligação houvesse, era da responsabilidade desse tal Brecht, que eu nem sabia se teria conhecido Salazar . Vi o caso mal parado...
E ainda houve espaço, nesse mês de Julho, para um curto artigo sobre a agricultura e os bodes expiatórios, em que se fala de "uma verdadeira reforma agrária" e se diz que não é só do tempo ser bom ou mau que vêm os males à agricultura, tal como a culpa não é sempre do árbitro quando o nosso clube perde...
3 comentários:
O poema assenta direitinho no Salazar.
Um beijo.
Esse tal Brecht sempre foi um "homenzinho" extremamente irritante... :-)
Abraço.
Brecht sempre oportuno. Faço idéia a cena com os "cavalheiros".Certa vez,
entra-me pela loja dentro(era livreira então)um desses meninos e pergunta-me se tenho o livro Minha senhora de mim,da M. Teresa Horta,digo que sim e ,ele muito bruto,diz:_Quero todos'-Todos?
Só perguntava:O sr. quer todos?Seguiu-se o auto de apreensão,claro.
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