terça-feira, abril 17, 2012

À volta de dívidas - externas, públicas... e pessoais

Tenho andado um pouco arredio do"blog", isto é, não lhe tenho dado grande atenção por falta e desarrumo de tempo. Recorro, hoje, ao que registei em "dias de agora"

16.04.2012
Ida ao Porto, ao Sindicato da Função Pública (dos Trabalhadores em Função Pública)
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Antes, ainda fiz uma “visita guiada” aos Castelos com a Anita e o Andrés Stagnaros, passeio que me agrada sempre muito, embora, desta vez, tivesse sido um pouco a correr.
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Em intenção da sessão do Porto, e também do lançamento do livro do Avelãs, antecipei a actualização do “dívida ao segundo”, que reservo para os dias 18, e comecei a preparar um "powerpoint" que ficou por completar, e em que faria a necessária destrinça entre dívida externa e dívida pública externa, e em que sublinharia que, nestes dois meses de tantas e tão crueis medidas, apenas em um caso de 16 (a Itália, na dívida pública, se verificou decréscimo, e de 0,05%!, da percentagem relativamente ao PIB).
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Esforcei-me…
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Seria para comentar, após ao comentário ao filme grego Debtocracy
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Mas não foi (pelo menos, como era a intenção).
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No meio de reencontros sempre estimulantes e de um convívio muito agradáveis (numa sede nova!), da exibição do filme (demasiado longo para a iniciativa), antes de uma animação de cantares de Zeca Afonso por um grupo muito interessante, lá fiz a muita intervenção, algo embrulhada e sem debate.
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Fiquei insatisfeito, mas a tarefa foi cumprida, ao que parece sem reclamações.
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Mas foi complicada, e com auto-crítica nada benévola!
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A necessidade permanente de, com a lucidez de que o Rossio não cabe na Rua da Bestesga, tentar ver o que, nas circunstâncias, tem de ser dito.
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Para mais, com a tarefa de comentar um filme que tem muito que se lhe diga, por ali andei a ver se, por minha via, deixava motivos de reflexão num ou noutro ouvinte.
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Dos atentos, que muitos eram, apesar de alguma debandada após a exibição do filme naquelas condições, no meio de tanta mais coisas a acontecer e por virem a acontecer, tudo no mesmo bocado de noite.
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Fui dormir de consciência tranquila, mas algo perturbada por algumas notícias pessoais que buliram com o meu foro íntimo.

(e que para aqui não vêem
... ficam lá nos dias de agora)



6 comentários:

Justine disse...

Por mais estranho que te pareça, gosto dessse dois gráficos:-)))))
(quanto ao relato dos teus afazeres, só apetece fazer uff,que cansaço!)

Graciete Rietsch disse...

Amigo e camarada Sérgio
Gostei muito de assistir à tua intervenção e agradeço-te a oportunidade que me deste de lá ter estado.
Tive que sair antes dos cantares porque fui à sessão com a minha filha Susana que, no dia seguinte, tinha que trabalhar e anda um pouco esgotada.
Gostava de ter umas ideias mais concretas sobre as dívidas pública, externa, soberana e por isso vou fazendo consultas na Internet. No entanto fiquei mais esclarecida depois da tua explicação de ontem.
Foi pena não haver debate, mas o filme era grande e todos andam muito cansados.
O que é espantoso é que, depois das troikas, só um país em 16 tenha baixado ligeiramente a sua dívida. É mesmo a falência destas políticas.
Também concordo que,no filme, se deveria ter feito uma referência ao marxismo como tu assinalaste.
Tenho aprendido muito com o teu"blog" e com muitas sessões a que assisto. Depois tento transmitir . Não sei se terei muito êxito mas, pelo menos esforço-me.

Um grande abraço de muita amizade e consideração.

Jorge Manuel Gomes disse...

Camaradas,

De facto Marx nunca esteve tão actual como nos dias de hoje.

Tive muita pena de não puder assistir ao debate mas "ele há mais marés que marinheiros" (vermelhos, digo eu :-) )

Um grande abraço desde Vila do Conde,

Jorge

Olinda disse...

Pressenti algum desanimo ou cançasso no teu relato.Intervir perante um assunto que não se domina,é complicado.Tenho assistido a sessões em que pràticamente não há debate,mas saímos todos mais esclarecidos e com mais conhecimento.
Foi uma iniciativa muito rica e, é também uma forma de luta.

Um abraço camarada!

Antuã disse...

Vale sempre a pena lutar.

Sérgio Ribeiro disse...

Justine - estranho?, porquê?, desejo não estar a criar-te alguma alergia...

Graciete - Foi das coisas muito boas ter-vos encontrado! Esses encontros, ainda que sempre insatisfatórios, sõa grandes estímulos e compensam os ditos sacrifícios. Concordo contigo quanto ao tamanho do filme e ao excesso de actividades quando uma delas (o convívio, o filme, o debate, os cantares)preencheria cabalmente uma iniciativa.
Uma obseervação, a corrigir informação que mal teria dado: os países que arrolei são 8 em dusa situações (dívida externa e dívida pública) o que dá 16 situações, e há transferências por passagem de parte da dívida externa que não é pública para dívida pública, numa perversa nacionalização para serem os trabalhadores/contribuintes a pagar a dívida.
Obrigado pela força que me dás... e pela exigência a que me obrigas.

Jorge - Há que falar muito de Marx e sobre Marx. Não faltarão oportunidades.

Olinda -O único cansaço que, por vezes, me toca (de leve) é físico... até porque os anos não perdoam e muitos são. Quanto a debate, neste caso concreto não havia condições por uma questão de tempo... e foi pena.

Antuã - Sempre!

Abreijos para todos.