Para fechar (mas não à chave...) esta série de comentários sobre as funções do Estado como os orçamentos nos contam a história... alguns números elucidativos.
Se os comentários se apoiaram em diapositivos de que me servi em sessão na Cooperativa Barreirense, que aliás retomavam intervenções feitas aquando o PEC1 e do OE para 2010, o quadro sobre a classificação orgânica das despesas públicas, por ministérios, para 2013, já aqui objecto de comentário em "post" de 19 de Outubro, pode servir de adequado fecho.
É que nesse quado se pode ver como de 2011 para 2012, e do agrupamento que ele possibilta, os orçamentos propostos terão dado o tal salto que nos faz considerar estar num "salto qualitativo".
As despesas propostas para os ministérios que têm a ver com finanças e funções (chamemos-lhe) políticas, isto é, com os encargos e juros da dívida (sempre em crescendo), com a segurança e com os "negócios estrangeiros", passariam de 47,9% do total das despesas públicas para 49,2%, subindo 1,3 pontos percentuais e 2,7%, enquanto que as despesas propostas para os ministérios das áreas económicas, sociais e culturais cairiam de 35,9% das despesas totais para 32,3%, isto é, menos 3,6 pontos percentuais e menos 11,4%. De 2011 para 2012 seria esta a evolução a querer provocar no OE para 2013. Com dois sublinhados ou notas de interesse: i) os ministérios que se podem dizer "do CDS" estão claramente beneficiados relativamente aos outros (coligação oblige!) e ii) quando tanto se insiste em cortes do lado da despesa, há despesas que aumentam, mais se exigindo cortes nas outras despesas, e estas são as que têm a ver com o viver das gentes.
Assim se configuraria (em "refundação" anti-constitucional) um Estado securitário e a pagar de forma condicionadora a "ajuda" crescentemente hipotecadora da soberania, e a demissão das funções que estão atribuidas nas áreas económicas, sociais e culturais, entregues ao privado (se lucrativas) ou "aos bichos" (se não-rentáveis). Em contrapartida, esse mesmo Estado encaminhar-se-ia, por reforço da verbas ditas de solidaridariedade social para um Estado caritativo ou em apoio a instituições e acções de caridade para atenuar rupturas sociais... excessivas!
É isto que está em jogo. E o jogo está longe de ter terminado!
(e não nos iludamos com a cosmética da discussão na especialidade - em Portas vai continuar o seu "número" habitual e cheio de truques, embora não nos devamos demitir da luta a prosseguir nessoutra fase)
4 comentários:
Ou lutamos ou morremos.
Temos de escolher,se de pé e a lutar,se de cócoras e cobardemente.
Um abraço,
mário
Exmo. Sr. Sérgio Ribeiro
O Clube de Leitura do Agrupamento de Escolas de Benavente, vem, por este meio, agradecer a sua presença na Escola Secundária de Benavente, no passado dia 24 de outubro de 2012.
A sua Comunicação sobre Cesário Verde foi bastante interessante, como se pôde constatar pela recetividade da comunidade escolar presente e pela avaliação efetuada por todos os participantes.
Esperamos poder contar com a sua colaboração em futuros encontros…
Gratas pela sua colaboração.
Com os melhores cumprimentos.
A Coordenadora do Clube de Leitura
Se a "caridade" não for suficiente pata evitar convulsões... aí está o reforço da repressão, perdão... da "segurança".
Abraço.
Estâ previsto um aumento de pontos de fornecimento de sopa dos pobres.Vao ser o orgulho da seita que gere os nossos impostos.Ficarao para a histôria,como os
fazedores de pobres.
Bjo
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