Perante a ameaça de uma escalada da agressão e
de um ataque directo por parte dos EUA e seus aliados contra o povo sírio. o
Conselho Português para a Paz e Cooperação, considerando que os amantes da Paz
não podem deixar de fazer ouvir a sua voz e tentar impedir mais esta agressão,
colocou à consideração das organizações portuguesas a subscrição do seguinte
texto, que continua a recolher subscrições de organizações, por resposta para o
nosso email.
Pedimos que subscrevam e divulguem esta iniciativa.
Defender a paz!
Não à
agressão à Síria!
Com o pretexto, sem que tenham sido apurados factos, de
que o governo Sírio terá usado armas
químicas contra a sua população, os EUA, a França, o Reino Unido, a NATO e os
seus aliados na região, tentam manipular a opinião pública para justificar mais
um salto qualitativo na sua agressão à Síria.
Após mais de dois anos de ataques, perpetrados por
grupos terroristas, que têm provocado morte e sofrimento a centenas de milhar
de cidadãos sírios, e confrontados com o facto de que, no terreno, estes grupos
estão a ser derrotados pelas forças governamentais sírias, as potências que os
armam e financiam, ameaçam, agora, intervir directamente.
É importante sublinhar que as acusações sobre o
alegado ataque com armas químicas não são sustentadas por provas, e que este
ataque é veementemente negado pelo governo sírio. É igualmente importante
lembrar que, em casos anteriores de utilização de armas químicas neste
conflito, e de acordo, inclusive, com declarações de responsáveis da ONU, os
indícios apontavam para que a autoria destes crimes, apontada de imediato ao
governo sírio, foi, de facto, da responsabilidade de grupos terroristas.
Os países que agora se preparam para atacar a Síria
são os mesmos que, anteriormente, invocando “provas irrefutáveis”, que se
vieram a demonstrar serem mentiras meticulosamente encenadas, foram
responsáveis pelas agressões à Jugoslávia, ao Iraque, ao Afeganistão e à Líbia,
responsáveis pela morte de centenas de milhar de homens, mulheres e crianças e
pela destruição desses países. São países que desenvolvem, produzem, e, por
várias vezes, já utilizaram armas de destruição massiva contra populações civis
como, por exemplo, no ataque a Falujah, no Iraque.
O agravamento e a imposição da desestabilização
sistemática da Síria, incrementada a partir do exterior, e o recrudescimento da
guerra mediática e diplomática contra o país, aumentam as preocupações quanto
ao desencadear de uma nova guerra de agressão, que não só vitimará, no
imediato, o povo sírio, como terá graves consequências para toda a região e
poderá acarretar desenlaces de gravidade e alcance imprevisíveis para toda a
humanidade.
Assim, os subscritores:
- Rejeitam qualquer agressão contra a Síria;
- Condenam as acções de desestabilização deste
país, promovidas por potências estrangeiras;
- Exigem uma investigação completa, não só dos
alegados ataques com armas químicas, como também de outros crimes ocorridos
neste conflito, e a punição dos responsáveis;
- Apelam ao diálogo, à negociação e à diplomacia
para a resolução pacífica dos conflitos na região, no respeito dos princípios
da Carta das Nações Unidas;
- Exigem que o governo Português, em consonância
com a Constituição da República Portuguesa, condene a agressão ao povo sírio e
rejeite a participação de Portugal, de forma directa ou indirecta, nessa
agressão;
- Apelam a todos os amantes da Paz que expressem a
sua condenação e rejeição da agressão ao povo sírio.
Organizações Subscritoras (até o momento):
Associação Intervenção Democrática – ID
Colectivo Mumia Abu-Jamal
Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e
Idosos
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Cooperativa Mó de Vida
Ecolojovem “Os Verdes”
Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação,
Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas,
Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa,
Energia e Minas
Juventude Comunista Portuguesa
Movimento Democrático de Mulheres
Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e
Sociais do Sul e Regiões Autónomas
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração
Local
Nas últimas horas foram vários os ataques de
hackers pró-regime sírio a media do Ocidente. O Twitter, o The New York Times e
o The Huffington Post estão entre os sites afetados.
Com base nestes indicadores, o Fundo Monetário Internacional
tem recomendado a diminuição dos vencimentos no sector privado. O Governo admite
que os dados estão incompletos.
Os dados que o Governo forneceu ao FMI sobre a evolução dos
salários em Portugal estão deturpados. O “Jornal de Negócios” conta que os
gráficos que o Fundo Monetário Internacional publicou na sétima avaliação
escondem os valores reais.
O FMI diz que recebeu os dados do Governo,
mas não os confirmou tomando como certos os valores indicados. E é com base
nestes indicadores que tem defendido mais reduções salariais.
Na sétima
avaliação da “troika”, o Fundo publicou gráficos para retratar a evolução dos
salários no nosso país e defender a importância de mais cortes no sector
privado.
De acordo com o “Jornal de Negócios”, da base de dados
utilizada foram, no entanto, eliminadas milhares de observações que davam conta
de um aumento significativo no número de trabalhadores com redução de salários.
Em vez disso, os dados fornecidos acentuam um congelamento salarial. Assim, o
argumento em defesa de mais cortes nos vencimentos torna-se substancialmente
mais fácil.
O Fundo Monetário Internacional já sabe do problema, mas não
pediu explicações ao Governo, continuando a analisar a flexibilidade salarial em
Portugal.
O Governo já admitiu a situação, mas fonte do Ministério da
Solidariedade, Emprego e Segurança Social assume que os números fornecidos os
técnicos do FMI “ não têm a informação completa”, considerando por isso que não
se podem fazer comparações de actualização salarial em diferentes anos.
Contudo, não é explicado porque retiraram parte das observações da
amostra.
A Renascença pediu esclarecimentos ao Governo
e aguarda uma resposta.
28 de agosto de 2013, Por
Luis Brizuela Brínguez Damasco, 28 ago (PL)
La retórica sobre el presunto uso de armas
químicas por parte del gobierno de Siria empuja los acontecimientos hacia una
posible agresión militar que a juicio de jefes de Estado y expertos políticos,
incendiará la región.
Tras alegar la llamada oposición armada que las
autoridades emplearon agentes tóxicos el 21 de agosto, se desató una virulenta
campaña por medios de prensa y algunas capitales de Occidente y Oriente Medio
contra Damasco, con amenazas que preludian un ataque casi
inminente.
Baten cada vez con mayor fuerza las cornetas llamando a una
guerra que como las más recientes, emprendidas todas por Estados Unidos desde
Kosovo (1999) a Libia (2011), pasando por Afganistán (2001) e Irak (2003), han
sido fabricadas con espurios pretextos.
Todavía frescas se encuentran en
la memoria colectiva mundial las maniobras de Collin Powell, exsecretario de
Estado norteamericano, mostrando en la ONU planos y pruebas que "demostraban"
que Sadam Hussein disponía de armas de destrucción masiva.
La invasión a
Irak se consumó y destruyó al país, pero nunca fue hallado rastro alguno de
dicho armamento.
Esta vez no es la excepción: Washington, Londres, París,
Ankara, Riad, Doha, Ottawa, entre otros, refieren que resulta incuestionable que
la administración del presidente Bashar al-Assad usó armas químicas contra la
población y "debe ser castigado".
No obstante, eluden presentar las
pruebas que permitan calzar tales imputaciones.
El eje que parece
dispuesto a invadir Siria pasando por encima de la autoridad de Naciones Unidas,
del Consejo de Seguridad y de la legislación internacional, ni siquiera toma en
cuenta que en Damasco se encuentra un grupo del organismo mundial que efectúa
pesquisas sobre el uso de gases tóxicos y debe ser escuchado su
veredicto.
Precisamente el hipotético ataque ocurrió tres días después de
que llegara al país la comitiva liderada por el profesor Ake Sellstrom, jefe de
la oficina de la ONU para la investigación de armas químicas, invitado por el
gobierno para dilucidar las múltiples denuncias efectuadas con
antelación.
Siria ha manifestado su interés de que se efectué el estudio
y brindado su colaboración en el proceso, aún cuando en Occidente se intenta
desconocer tal apoyo.
Analistas coinciden en que resulta poco realista y
casi imposible creer que las propias autoridades efectuaran un ataque semejante
en medio de tales circunstancias y a pocos kilómetros de la capital, en la
región de Ghouta Oriental.
La zona es un punto de confrontación donde el
Ejército Árabe Sirio combate a las bandas mercenarias apadrinadas por Occidente,
que buscan hacerse del control de la capital: un eventual ataque químico sería
desaconsejable para el gobierno teniendo en cuenta que morirían sus propias
fuerzas.
Pocos refieren igualmente que los videos que dieron la vuelta al
mundo y se esgrimieron como una "prueba de las atrocidades de al-Assad", fueron
colgados en las redes sociales un día antes de efectuar la denuncia, lo cual
refuerza la tesis, según expertos, de que las imágenes constituyen un gran
montaje para inculpar al país.
Los medios de prensa y políticos que
aducen que "el gobierno sirio resulta el único actor en el conflicto armado
capaz de desatar un ataque químico" parecieran pasar por alto que en esta nación
levantina grupos radicales islámicos, dentro de los cuales sobresale la red Al
Qaeda, vienen cometiendo desde el inicio del conflicto actos atroces contra la
población civil.
El Frente al-Nusra, una derivación de la entidad
terrorista liderada por el asesinado Osama Bin Laden, no ha dudado en colocar
coches bombas, atacar con proyectiles de morteros y cohetes y hasta cometer
masacres de centenares de civiles en nombre de su ortodoxa interpretación del
islam y los deseos de fundar un califato.
De igual forma, los extremistas
protagonizaron incluso actos de canibalismo divulgado ampliamente por las redes
sociales.
A inicios de diciembre de 2012, un inquietante video colocado
en Youtube mostró a integrantes de la autodenominada Todopoderosa Brigada del
Viento (Kateebat A Reeh Al Sarsar), uno de los tantos grupos mercenarios en
Siria, probando armas químicas en conejos de laboratorio y amenazando con
usarlas contra civiles sirios.
Varios medios se preguntaron en aquella
ocasión: ¿Pudiera ser este el pretexto que lleve a algunos gobiernos a
intervenir en el conflicto sirio para derrocar a al-Assad?.
Pese a ello,
pocos se han cuestionado, basado en aquello del beneficio de la duda: ¿No
pudieron ser los presuntos rebeldes quienes lanzaron gases tóxicos para frustrar
la misión de la ONU, frenar el incuestionable avance ofensivo del Ejército,
ofrecer los pretextos para una intervención armada y evitar sentarse a la mesa
de diálogo de la proyectada Ginebra 2 y reconocer su derrota?
Otra
pregunta queda : ¿quiénes son los máximos beneficiarios en tan complejo
panorama?
- Edição
Nº2073 - 22-8-2013 _______________________________________________
O
melhor de todos
Há já algum tempo que é geralmente referido como o melhor ministro do
governo Passos Coelho. Sem que seja dito com suficiente clareza as razões
presumivelmente fundadas dessa boa reputação, acrescente-se. Para quem queira
investigar os motivos do galardão (e também, de caminho, do grau de grande
oficial da Ordem do Infante D. Henrique com que já foi agraciado) há, porém,
algumas pistas. Uma delas é a sua passagem por altos cargos do grupo BCP
Milenium, grupo que por sinal tem tido uma existência atribulada ao nível da
gestão e não só, como se vai sabendo. A mais notória tem a ver com a sua
passagem pela Direcção Geral dos Impostos que comandou durante cerca de três
anos, findos os quais apresentou resultados considerados muito positivos quanto
à arrecadação de impostos e contribuições. Atribuiu-se-lhe o mérito desse
êxito, naturalmente, mas um pormenor permite algumas dúvidas quanto a essa
atribuição: é que Paulo Macedo, Director Geral dos Impostos, uma vez obtida a
vitória, mandou rezar missa de acção de graças pelo resultado conseguido, como
aliás a TV então noticiou em reportagem breve, o que permite conjecturar que o
verdadeiro mérito do sucesso alcançado se situou a um nível substancialmente
mais alto que o do senhor director. De qualquer modo, é certo que esse momento
da sua carreira lhe granjeou prestígio e sem ele talvez Paulo Macedo não
tivesse transitado para as actuais funções de ministro da Saúde, isto é, para
um Ministério em que seria porventura mais urgente tratar de cortar nas despesas
que no número de óbitos. De então para cá, os utentes do Serviço Nacional de
Saúde gemem não só por efeito das doenças que os afligem mas também do aumento
dos custos que têm de suportar, os hospitais queixam-se de carências de alguns
meios designadamente quanto a medicamentos para tratamento de doenças muito
graves, o encerramento da Maternidade Alfredo Costa surgiu como escândalo de
impacto nacional, mas Paulo Macedo continua a ser apontado pela comunicação
social (com o habitual destaque para a televisão) como sendo o melhor ministro
da equipa um pouco mutante do dr. Passos Coelho. O que parece justificar nova
missa de acção de graças.
A dúvida que fica
Ora, aconteceu que o dr. Paulo Macedo surgiu um dia
destes, ainda que indirectamente, na conversa havida no programa «Discurso
Directo» da TVI24. Como decerto todos sabem, o «Discurso Directo» é um programa
dito interactivo: os telespectadores telefonam para lá, expõem as suas queixas,
razões ou sem-razões, são atendidos aliás muito bem pela jornalista Paula
Magalhães e em princípio esclarecidos por um convidado diferente em cada
emissão. Naquele dia, o convidado era o dr. José Manuel Silva, bastonário da
Ordem dos Médicos, e não decerto por coincidência veio à conversa o caso da
concentração de urgências nocturnas num só hospital, em Lisboa, a partir do
próximo mês de Setembro. Para poupar, como facilmente se adivinha, embora no
caso a poupança possa corresponder a mais horas de espera em sofrimento e
angústia. Foi então conhecido que o senhor ministro Macedo justificou a redução
do serviço nocturno de urgências hospitalares com o facto de a medida já ter
sido adoptada no Porto supõe-se que sem reclamações, digo eu, nem dos doentes
recuperados nem dos eventualmente falecidos. Tudo bem, dir-se-ia. Só que ao dr.
José Manuel Silva deu para prestar uma informação decisiva como aliás lhe
cumpria: que o universo estimado de doentes na área do Porto, quarenta mil, é
de metade do universo estimado dos doentes que na área de Lisboa necessitam
eventualmente de serviços nocturnos de urgência hospitalar, oitenta mil. Assim
se tornou evidente que o dr. Paulo Macedo, não apenas ministro mas também o
melhor de todos os ministros actuais (e porventura dos pretéritos, quem sabe?)
manipulara os dados sem visíveis escrúpulos para implementar uma alteração mais
que discutível, aparentemente inescrupulosa, talvez cruel. Pelo que fica a
dúvida: se, como tem sido repetido, é condenável que um ministro vulgar minta a
deputados em sessão de inquérito parlamentar, o que deve dizer-se quando o
melhor dos ministros mente ao país inteiro?
No domingo, que foi ontem, além do “impublicados”, peguei, ou melhor,
tropecei, entre papéis velhos, amarelecidos, num comuniqué de presse da
OCDE, de 27 de novembro de 1987!
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Isto de andar às voltas com os papéis velhos – não são só os trapos e os
trastes que velhos são – tem que se lhe diga.
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Sobretudo, neste caso, achei curioso o título do comunicado (de 27 de Novembro
de 1987): O endividamento da Europa de Leste!
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Pareceu-me, na verdade, curioso (e significativo) que a OCDE andasse
“preocupada” com o endividamento dos países socialistas europeus naquela década,
depois do que fora o arranque da “recuperação capitalista” (ou tentativa de) por
via do monetarismo e neo-liberalismo.
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No texto pode ler-se que “a baixa do dólar, observada depois de 1985, acentuou
o crescimento tendencial da dívida. Enquanto até 1985 se tinha verificado uma forte
progressão da oferta de dívida nominal tendo em conta as variações das taxas de
câmbio e um fraco aumento liquido do endividamento na maior parte dos países, em
1986 praticamente todos os países viram crescer o seu endividamento (…)”.
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“O endividamento da Europa de Leste deverá, naturalmente, continuar a aumentar
em 1987, em proporções equivalentes às verificadas em 1986”.
O caminho é a luta pela construção de uma alternativa
política
Sábado 17 de Agosto de 2013
Reagindo ao discurso do Primeiro-Ministro, Fernanda Mateus sublinhou que
"Passos Coelho insiste em justificar o injustificável, de que valeu a pena, em
dois anos, ter destruído 400 000 empregos e ter acentuado a espiral de
empobrecimento do país". Passos Coelho insiste em "afirmar a sua obsessão por um
rumo assente em mais cortes nas reformas e pensões, em mais despedimentos e mais
ataques aos trabalhadores da administração pública. Um rumo de aumento mais
acentuado do agravamento das condições de vida e dos rendimentos dos
portugueses".
Fernanda Mateus, membro da Comissão Política do Comité Central, afirmou ainda
que o PCP "considera que não há outro caminho que não seja, o prosseguimento da
luta. A luta contra a resignação, que Passos Coelho, ontem, tentou fazer passar,
a luta pela construção de uma alternativa política a um governo que está a levar
o país para o abismo, a empobrecer os portugueses e a afrontar a Constituição da
República".
Quero vir aqui, nos dias de agora,
deixar a nota da menor ocupação com o blog, que tanto me ocupava até há
uns três meses,
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Primeiro, foi a “concorrência” do facebook.
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Desagradável, desleal, muita areia atirada para o ar, alguma informação,
nenhum trabalho didáctico, formativo.
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Foram também algumas sequelas no estado de saúde de um “choque de
envelhecimento” compulsivo.
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Não que não aceite o em-velho-ser, mas houve aspectos de uma marginalização
que mais aproveitou os números da idade que resultou destes serem tão altos.
&-----&-----&
(...)
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Entretanto, não abandono projectos – bem pelo contrário – e vou lendo umas
coisas, de que destaco o livro de Vitor Ranita, sobre o qual comecei o dormitar, e
mais proximamente aqui me trouxe (já na madrugada) pelo que me lembrou uma página lida (pag. 160).
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página a página
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Transcrevo o pedaço da página lida, que depois comentarei, e a dedicatória
que muito me tocou e honrou.
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A história é curiosa, e soube-me bem relembrá-la a partir deste livro que é
um verdadeiro e excelente documento (é uma pena o tipo de letra e a mancha tão
pouco “pedagógicos”, tão repulsivos de leitura!...)
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Então foi assim: tendo sido escolhido pelos metalúrgicos para seu
representante no trio arbitral da última fase do processo do contrato colectivo
de trabalho, proposto pela Federação dos Metalúrgicos (“convite” feito pelo
Ranita num jantar no Restaurante Monte Carlo), aceitei, com enorme satisfação e
honra a tarefa.
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A parte patronal – os Grémios – tinham indicado um árbitro seu (Alberto
Pinheiro Xavier) e foi nomeado pelo governo um árbitro presidente (Ilídio das
Neves), ao abrigo da alteração ao dec-lei 49.212…
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(isto seria uma outra longa história… de que nem uma ínfima parte coube no 50
anos de Economia e Militância!)
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Agora é esta do Rotary!
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Então foi assim: o trabalho na arbitragem foi duro e profícuo, nunca tendo
deixado de me ver (até ao espelho, ao acordar…) como representante dos metalúrgicos, mantendo um contacto e uma informação constantes com os dirigentes sindicais, contaco e informação de
duplo sentido.
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Daqui resultou, dada a importância da negociação, e alguma acrescida
visibilidade pessoal, um convite dos rotários do Porto para eu ir “animar” um dos
seus habituais repastos, convite extensivo a quem quisesse que me acompanhasse,
explicitamente referida… a esposa.
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A minha resposta ao convite foi de que aceitaria, com muito gosto, com duas
condições: i) a de os metalúrgicos não verem inconveniente na minha ida a esse jantar, e ii)
que os dois dirigentes sindicais com quem estava mais em contacto – o Mota
e o Ranita – me acompanhassem no lugar de qualquer conviva familiar.
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Aceites as condições, foi um jantar muito animado, com uma informação e
debate que estimo, à distância, interessante e útil!
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Está recordado!... “à boleia” daquele parágrafo do Vitor Ranita, que bem
sublinha o peso, e então crescente prestígio, dos metalúrgicos, de que tanto me
orgulha o título “honoris causa”.
A CDU apresenta-se às eleições autárquicas de 29 de Setembro
com um número maior de listas em todo o território nacional relativamente a
2009. Pela obra ímpar realizada pelos seus eleitos, pela coerência do seu
projecto político democrático e participado e pela alternativa patriótica e de
esquerda que corporiza, a CDU assume-se como a força mobilizadora na qual o povo
pode confiar.