sexta-feira, abril 03, 2015

Reflexões lentas - Cofres cheios, barrigas vazias

A "narrativa" (também entrei nesta...) dos "cofres cheios" já deita por fora, ainda que os cofres não estejam - nunca estariam! - cheios. Assim como as barrigas não estão vazias, a não ser metaforicamente... embora algumas o estejam porque, por incrivel que pareça, há quem tenha fome! Hoje 2015, aqui em Portugal.
Mas não se prossiga por este tipo de elucubrações (o que é bem mais que reflexões), que teriam muito para contar, e confine-me eu a deixar lembranças sobre essa coisa dos cofres cheios em que a desastrada ministra das finanças se meteu à memória, sem ser as de antanho... (E há quem pense nela para substituir o infeliz Passos, que nem desta semana é Senhor.)
Do muito que já li sobre tal escorregadela, falta uma observação que me foi suscitada pela resposta do Presidente da Câmara de Ourém a uma observação que tive a oportunidade de lhe fazer na última Assembleia Municipal relativamente ao volume de meios financeiros disponíveis, que me pareceu excessivo no contexto dos outros valores (dívidas a terceiros, por exemplo).
Respondendo-me ao lado, como é de costume nestas circunstâncias, disse Sexa. que essa quantidade de disponível, aparentemente excessiva, se devia à necessidade de o ter nesse estad(i)o por causa dos fundos que estão para vir por aí abaixo e para que é preciso ter as indispensáveis contrapartidas... disponíveis. O que, aliás, SExa aproveitou para lembrar (mais umavez) que estava investido, pela Associção de Municípios, de grossas responsbilidades nessa área.
Pois é. Estar-se-á, País afora, a encher os cofres para se dispor de disponível (parece redundante mas não é) para poder receber o "mel" que possa escorrer dos fundos comunitáriários para as aplicações que a Comunidade (agora chamada União Europeia) se dispuser a conceder. Evidentemente condicinado a tomadas de medidas que nos imporá, sempre com acrescida afirmada/imposta legitimidade. 

3 comentários:

Pata Negra disse...

Se bem percebi também tenho muito dinheiro, isto se contar com os vencimentos que receberei durante as duas ou três dezenas de anos que me faltam para a reforma. O pior é se morro entretanto. Ficarei teso, portanto!
Um abraço e vivam os cofres - que só os bancos têm - e as grandes barrigas - que só os banqueiros e os amigos dos banqueiros têm

Olinda disse...

Isso de fazer prova de disponibilidade financeira,para receber uns trocos,ê coisa que nao percebo.Devia ter estudado para inteligente como a princeza-do-cofre-cheio.

Beijo e bom fim de semana

Unknown disse...

Pois é, para termos o chouriço temos que ter o porco!