O sim ganhou, a abstenção foi muito menor, a vinculação política é muito maior. E exigente.
Em Ourém, como de costume, parece que, quando tem de se exprimir, de se definir como um todo, corre ao contrário da história, como parcela do norte e das regiões autónomas, do mundo rural e mais isolado, em carência de outra informação. O que não é o nosso caso.
Se oscilamos entre os distritos Santarém e de Leiria, o nosso concelho é aquele, dos concelhos dos dois distritos, que teve maior percentagem de nãos a este referendo, ao nível das percentagens de quem vive lá para trás dos montes ou no meio dos oceanos.
E eu que gosto tanto desta terra e de (con)viver com esta gente!
4 comentários:
Ourém, região autónoma?!
Boa!
Assim já se percebe melhor!
Esta vida é cheia de ironias!
De entregas consecutivas.
Vai na volta 'desentregamo-nos', para a entrega seguinte.
Pois bem, amigo Sérgio, li a carta (do NO) que falava sobre o balanço do referendo.
Agora, como é que posso concordar na construção de 'clínicas de aborto', sabendo que encerram maternidades nos últimos anos e que os serviços de urgência já não estão em actividade em muitos concelhos de que usufruiam desses serviços até há bem pouco tempo. E avançar para clínicas de aborto?
Não sei se Portugal está preparado para acolher esta futura lei. E é essa preparação que me preocupa. Ou melhor, a sua ausência.
No entanto, vivendo em democracia, cada um deve apoiar a decisão do todo. Mas enfim, vamos ver até que ponto isto vai chegar...
Um forte abraço Sérgio,
Meu caro amigo Nuno, obrigado por me teres lido.
O que se votou não foi a criação ou não criação de "clínicas de aborto" e menos ainda por alternativa a maternidades. Foi a despenalização, dentro de certas regras e limites, de mulheres que são obrigadas a fazer clandestinamente o que outras mulheres fazem em "clínicas de aborto" que são muito caras, de luxo, clandestinas ou não, aqui ou no estrangeiro.
Por agora, só te posso dizer isto.
Enviar um comentário