terça-feira, fevereiro 13, 2007

Significativo não!

O sim ganhou, a abstenção foi muito menor, a vinculação política é muito maior. E exigente.
Em Ourém, como de costume, parece que, quando tem de se exprimir, de se definir como um todo, corre ao contrário da história, como parcela do norte e das regiões autónomas, do mundo rural e mais isolado, em carência de outra informação. O que não é o nosso caso.
Se oscilamos entre os distritos Santarém e de Leiria, o nosso concelho é aquele, dos concelhos dos dois distritos, que teve maior percentagem de nãos a este referendo, ao nível das percentagens de quem vive lá para trás dos montes ou no meio dos oceanos.
E eu que gosto tanto desta terra e de (con)viver com esta gente!

4 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Ourém, região autónoma?!
Boa!
Assim já se percebe melhor!

Mario Abreu disse...

Esta vida é cheia de ironias!
De entregas consecutivas.
Vai na volta 'desentregamo-nos', para a entrega seguinte.

Nuno Silva disse...

Pois bem, amigo Sérgio, li a carta (do NO) que falava sobre o balanço do referendo.

Agora, como é que posso concordar na construção de 'clínicas de aborto', sabendo que encerram maternidades nos últimos anos e que os serviços de urgência já não estão em actividade em muitos concelhos de que usufruiam desses serviços até há bem pouco tempo. E avançar para clínicas de aborto?

Não sei se Portugal está preparado para acolher esta futura lei. E é essa preparação que me preocupa. Ou melhor, a sua ausência.

No entanto, vivendo em democracia, cada um deve apoiar a decisão do todo. Mas enfim, vamos ver até que ponto isto vai chegar...

Um forte abraço Sérgio,

Sérgio Ribeiro disse...

Meu caro amigo Nuno, obrigado por me teres lido.
O que se votou não foi a criação ou não criação de "clínicas de aborto" e menos ainda por alternativa a maternidades. Foi a despenalização, dentro de certas regras e limites, de mulheres que são obrigadas a fazer clandestinamente o que outras mulheres fazem em "clínicas de aborto" que são muito caras, de luxo, clandestinas ou não, aqui ou no estrangeiro.
Por agora, só te posso dizer isto.