A descoberta-invenção da roda, o seu uso em diversíssimas circunstâncias, a domesticação de alguns animais, correspondia a transformações fundamentais nas forças produtivas. O corpo, os braços, as mãos, as pernas que percorriam caminhos, tinham sempre novos e cada vez mais importantes complementos e auxiliares.
A possibilidade de atrelar ao peito animais domesticados, com muito mais força e resistência que o ser humano, mudou condições objectivas com que se fazia o arado penetrar a terra, torná-la objecto de trabalho e fértil, com que se podia transportar grandes pesos, já não por arrastamento porque havia a roda, com que se podia ir muito para além e mais depressa do que as pernas e os pulmões permitiam.
Os escravos não deixaram de ser a principal força produtiva de um momento (histórico!) para o outro, mas começou a haver outras forças produtivas que os podiam substituir e, nalguns casos, com grande vantagem. Basta pensar na diferença entre arrastar pesos apenas com a força humana, e poder fazê-lo com animais de tracção, atrelados ao peito, e sobre rodas.
No entanto, não foram. apenas, as mudanças nas condições objectivas. A exploração dos escravos agravava cada vez mais a contradição fundamental entre os possuidores de escravos e os escravos, produtores directos de bens materiais. Se havia classes, começou a haver luta de classes, sob a forma de revoltas de escravos.
A mais famosa de todas foi a conhecida por “third servile war” e pelo nome de Spartacus. Sobre esta revolta há um livro, de Howard Fast e, a partir deste livro, um filme, de Stanley Kubrick (que teve, em 1961, 4 Óscares),
A possibilidade de atrelar ao peito animais domesticados, com muito mais força e resistência que o ser humano, mudou condições objectivas com que se fazia o arado penetrar a terra, torná-la objecto de trabalho e fértil, com que se podia transportar grandes pesos, já não por arrastamento porque havia a roda, com que se podia ir muito para além e mais depressa do que as pernas e os pulmões permitiam.
Os escravos não deixaram de ser a principal força produtiva de um momento (histórico!) para o outro, mas começou a haver outras forças produtivas que os podiam substituir e, nalguns casos, com grande vantagem. Basta pensar na diferença entre arrastar pesos apenas com a força humana, e poder fazê-lo com animais de tracção, atrelados ao peito, e sobre rodas.
No entanto, não foram. apenas, as mudanças nas condições objectivas. A exploração dos escravos agravava cada vez mais a contradição fundamental entre os possuidores de escravos e os escravos, produtores directos de bens materiais. Se havia classes, começou a haver luta de classes, sob a forma de revoltas de escravos.
A mais famosa de todas foi a conhecida por “third servile war” e pelo nome de Spartacus. Sobre esta revolta há um livro, de Howard Fast e, a partir deste livro, um filme, de Stanley Kubrick (que teve, em 1961, 4 Óscares),
em que se podem encontrar todos os sinais de uma dinâmica histórica que, com ou sem a consciência dos autores, é a do materialismo histórico.
Entretanto, e é necessário sublinhá-lo, para retomar já a seguir, o facto – importantíssimo – de, no modo de produção e formação social do esclavagismo haver excedentes, isto é, bens ou produtos que excediam as necessidades dos seus produtores directos, introduz a categoria económica da troca.
Entretanto, e é necessário sublinhá-lo, para retomar já a seguir, o facto – importantíssimo – de, no modo de produção e formação social do esclavagismo haver excedentes, isto é, bens ou produtos que excediam as necessidades dos seus produtores directos, introduz a categoria económica da troca.
8 comentários:
Quase sempre fico com "água na boca" quando chego ao fim dos teus posts sobre este tema. Apetece sempre ler mais, e tenho que esperar uma semana...
Temos ainda tantas aulas pela frente...
Obrigada, Sérgio
É aqui, então, com a formação das classes que surgem as ideologias - neste caso, a ideologia do esclavagismo...
Um abraço
A tomada de consciência do real valor do que se produz, o espectáculo chocante do enriquecimento do dono de escravos com os frutos do trabalho destes, ideias e trabalhadores, mesmo que escravos... uma mistura explosiva.
(Depois onde é que se pode encadernar o curso?) :)
Abraço
Este sistema económico proporcionou a produção de grandes excedentes e superiores acumulações de riqueza.
GR
Maria - antes de ti, sinto eu a "água na boca", a vontade de continuar a refelxão, tomo notas para o "próximo episódio", espero os vossos indispensáveis comentários... e continuo a recusar a denominação de aulas!
Fernando Samuel - ora aí- AC seguir, e antes de passar ao feudalismo. nos deus traços gerais caracterizadores, a superstrutura do esclavagismo, a consciência social, e etc.
Samuel - a brincar te responso: nas boas casas da especialidade (que as houve, que as houve)
GR (que prazer ver-te) - ... e a terra a tomar crescente importância porque nele se "encontra" a natureza do valor ou o valor da natureza de onde não apenas se colhe mas faz produzir... porque há meios de produção.
Abraços gratos para todos.
Chegámos então a uma fase crucial do desenvolvimento humano, da luta de classe e dessa coisa danada que é a troca, e que deu no que deu...
Vais ter muito que nos contar!
Cada vez mais interessante, o "curso":))
Até aquí está tudo bem assimilado, agora vamos esperar que as trocas, não venham complicar os trocos,que não são própriamente os maridos das trocas.
Abraço, camarada!
Estou a tentar "segurar-me". Embora, em relação ao que estava previsto, já nestes comentário tenho encontrado matéria para algumas alterações. 3ª cá estarão!
Abreijos
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