quinta-feira, abril 01, 2010

Aproveitado da pausa para congresso - 5: turismo e internacionalização

O 5º tema do Congresso, sobre Ourém no mundo, não mereceu (e merecia!) toda a atenção que lhe queria dar (como a todos). Outras obrigações - e ligadas ao congresso, até sociais... - distrairam-me, e não ouvi na íntegra todas as intervenções(*).

Do que ouvi, e com todo o risco assumido para tudo quanto até agora escrevi e ainda escreverei sobre o congresso, retiro duas ou três reflexões que não queria que se perdessem nos (e com os) papéis em que as anotei.

Uma dessas reflexões é sobre a primeira intervenção, que se esperaria que fosse sobre a temática da integração do concelho na estratégia do turismo regional, nas suas enormes potencialidades e especificidades, e o que trouxe para as tais notas - e não só minhas - são outras observações, sobre outras coisas. Teria sido uma intervenção que começou por querer ser uma aula, ou lição, e na sua longuíssima introdução (nem sei se o foi mas pareceu e, por isso, foi!) falhou totalmente. Veio a despropósito do congresso e nada terá ensinado a ninguém. Nem o próprio teria aprendido o que quer que fosse porque parece ter perdido a vocação, não tendo recuperado tempo de perdida docência.

Outra nota, tomada durante este painel, foi sobre a palavra internacionalização, que ainda viria a ouvir enfatizada depois, neste curto intervalo de tempo após o painel, e não só no que veio a seguir no congresso, mas também no debate na Assembleia da República.

A internacionalização é uma dinâmica que, por vezes, até grafo como interNACIONALização para, nessa grafia, traduzir a sua génese e a talvez efemeridade do que está na sua génese (lembro o livrinho/livrão A Crise da Europa, de Abel Salazar, de 1942). Por isso mesmo me custa ouvir falar com ligeireza (para mim, claro...) de tal dinâmica que, sendo inter-relacional, por efeito de e influenciando outras dinâmicas, nos foi tornando cada vez mais interdependentes no espaço. Assimetricamente mas interdependentes!

Aqui, neste canto de eventual conversa e convívio, deixo esta pista de reflexão para (minha) memória futura.
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(*) - Por isso, terei decerto cometido algumas avaliações injustas. Mas nunca tive a intenção de fazer de avaliador. Só aproveitar o que apreendi, de ouvido atento mas solicitado para outras atenções e sem o confronto com textos, que alguns espero poder ler. Pelo que aceito os remoques de Sérgio Faria (estes últimos...) em ocastelo. E se a leitura de um texto que comentei me levar a corrigir o comentário tirado de notas ao momento e sobre o joelho, fá-lo-ei sem qualquer hesitação. Que outros não pensem como eu é coisa a que me fui habituando... ainda que, à partida, pudesse não ter vocação para isso, e não são essas diferenças que me levam a reagir como às vezes faço, talvez levando a interpretações que não desejava.

1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

Li o teu post atentamente mas nada de útil poderei dizer dada a minha ignorância sobre os assuntos. No entanto uma palavra eu gravei na minha apreciação. "Interdependentes" todos somos e ainda bem. Todos precisamos de todos. Mas intrdependentes submissos e lacaios isso nunca.

Um abreijo palavra de que eu tanto gosto para um camarada que admiro.