Já aqui falei, recentemente, de catástrofes naturais, que nunca seriam só naturais porque o ser humano foi metendo o dedo, a mão na massa, pernas ao caminho, o corpo todo e o que o prolongava, na natureza de que faz parte.
Perante a erupção do vulcão da Islândia tive um momento de perplexidade. Ora ali estava uma catástrofe natural em que não descortinava influência do ser humano. E estava isto mais ou menos arrumado em mim, quando um pequeno texto do camarada Ângelo Alves, no Actual do avante! de hoje, me alertou para essa ligação, embora com outras formas.
É verdade que, como se pode ler em a erupção dos lucros, “o que sobressai é que o que é prioritário para o poder político é não deixar que os sacrossantos lucros das companhias aéreas saiam sequer beliscados com as cinzas do vulcão”.
Duas observações, retiradas do texto:
1. ... nem que para isso haja alguma “flexibilidade” relativamente à segurança, esperando-se que nada resulte em então pouco natural catástrofe humana;
2. ... a pouca atenção, quase desplante, com que se consideram os inconvenientes, alguns enormes, que resultaram para os passageiros de menor capacidade económica, nomeadamente os trabalhadores à espera de transporte.
Perante a erupção do vulcão da Islândia tive um momento de perplexidade. Ora ali estava uma catástrofe natural em que não descortinava influência do ser humano. E estava isto mais ou menos arrumado em mim, quando um pequeno texto do camarada Ângelo Alves, no Actual do avante! de hoje, me alertou para essa ligação, embora com outras formas.
É verdade que, como se pode ler em a erupção dos lucros, “o que sobressai é que o que é prioritário para o poder político é não deixar que os sacrossantos lucros das companhias aéreas saiam sequer beliscados com as cinzas do vulcão”.
Duas observações, retiradas do texto:
1. ... nem que para isso haja alguma “flexibilidade” relativamente à segurança, esperando-se que nada resulte em então pouco natural catástrofe humana;
2. ... a pouca atenção, quase desplante, com que se consideram os inconvenientes, alguns enormes, que resultaram para os passageiros de menor capacidade económica, nomeadamente os trabalhadores à espera de transporte.
3 comentários:
E os lucros de alguns hotéis e as terras cobertas de lava que tão cedo não poderão ser cultivadas, o que irá criar ainda mais problemas ao povo já martirizado, a influência dos tremores de terra que poderão ter como causa escavaçoôes em busca de riquezas escondidas, a desflorestação.... a mãozinha do lucro sem qualquer consideração pelo ser humano... enfim tudo isso dá muito que pensar.
Um beijo.
Na realidade várias empresas de transporte ficaram a lucrar; ferroviárias, camionagem, de barcos, para além de restaurantes, hotéis…e os passageiros? Alguns em fim de férias e já sem dinheiro, outros sem meios para irem trabalhar. Com a população de menores recursos, eles, não querem saber. Estranho, os órgãos de comunicação não nos massacrarem com imagens do caos que os islandeses estão a passar!!!
Bjs,
GR
Lucros, eles conseguem sempre fazer, qualquer que seja a circunstância...mas sempre declarando pesadíssimos prejuízos!
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