«A escultura, de seu nome As Asas de Ícaro, entronca na motivação em que estava implicado o meu trabalho, na recriação e procura dum sentido ou correspondência actual para uma história que nos acompanha desde a Grécia Antiga como uma referência cultural significativa.
É simples a sua síntese: um jovem injustamente preso num labirinto, com o apoio e engenho de seu pai, tenta ganhar a liberdade voando. Voar era a única saída para o mundo e Ícaro, assim se chamava o jovem, intenta realizar a sua fuga pelo único caminho possível: o espaço. Durante o voo, encantado pelo sucesso e pela visão deslumbrada e nova que descobre, não se cuida e cai no fundo do mar.
Estas "asas" de ferro negam a leveza necessária ao voo, estão assentes na terra e erguem-se em louvor da liberdade, em louvor da ousadia, das metas difíceis, na convicção profunda de que tudo está ao alcance do Homem na justa medida da sua capacidade, da sua vontade, do sonho de alcançar renovadamente o seu caminho.»
Rogério Ribeiro
____________________________________________________________Escultura de Rogério Ribeiro no Laranjeiro, texto em 25 anos de Poder Local - 1976-2001, Almada, Câmara Municipal, 2001
3 comentários:
"Pelo sonho é que vamos", por mais difícil que seja realizá-lo!
Basta querermos!
:)
Que bonito. Um beijo.
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