O cenário de saída de Portugal do €uro, isto é, da União Económica e Monetária (UEM), ou seja, da moeda única e do Banco Central Europeu, tem estado a ser considerado por "reputados" (este qualificativo não tem nada a ver a mãezinha dos ditos...) economistas.
O tema da UEM, e da integração de Portugal nesse passo de dita "construção europeia", merece ser tratado com grande seriedade, como sempre o fizemos, seriedade que faltou a outros, que nem sequer pestanejaram, por exemplo, com o câmbio decidido para que o escudo fosse substituído pelo €uro com evidente, e hoje comprovada, desvantagem para as actividade exportadoras portuguesas, como hoje se confirma e alguns reconhecem.
Assim procurarei continuar a fazer por outras páginas, e aqui apenas deixo a opinião de que a irresponsabilidade de quem promoveu (e como) essa integração é a mesma com que se aborda este cenário verdadeiramente perturbador. Com a curiosíssima questão, de nível institucional, que já vi colocada por um desses "reputados" economistas, de que a concretização desse cenário exigiria revisão do Tratado de Lisboa pois este, se abre a possibilidade de um Estado-membro da União Europeia (UE) dela sair, não contempla a de saída de um membro da UEM, que é parte da UE.
O que é mesmo caricato pois poria a hipótese de um Estado-membro poder sair da UE e ter de continuar a fazer parte da UEM!
Minudência? Não o diria e, antes, que é reveladora da irresponsabilidade de que falo. Sempre com o custo social a ser pago pelos mesmos, enquanto os capitais financeiros se acumulam,
2 comentários:
Acho incrível poder sair da UE e não da UEM. Quanto ao euro só posso dizer que pessoalmente, nas minhas contas domésticas, me prejudicou imemso.
Um abraço grande.
A saída do Euro é certamente possível de ser feita com um mínimo de perturbações. Seguindo o exemplo do Yuan chinês, estabelecer-se-ia um Escudo não cotado nos mercados cambiais, isto é, com uma cotação indexada ao Euro. Numa primeira fase, far-se-ia uma desvalorização deslizante a uma taxa fixa, isto até a produção nacional se tornar competitiva. Depois disso ter sucesso, poder-se-ia fazer um referendo para decidir se Portugal saia de vez da UEM ou voltaria a entrar nela em pleno.
Há aqui apenas um problema, que se chama Espanha. Se Portugal fizesse isto obrigaria a Espanha a fazer algo semelhante pois, caso contrário, ver-se-ia a braços com inúmeras deslocalizações para o nosso país.
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