Já hoje – e hoje é 25 de Abril! –, depois de tantas voltas e viagens destes últimos dias, regressava de Ourém, da cidade.
Tinha de ter ido, como há tantos anos o faço, como o fiz em 1 de Maio de 1974, estar na “minha terra”, com a “minha gente”, mesmo com aquela que não é a “minha gente” porque não me quer entre os seus. E passara, com todos eles, a meia-noite, emocionara-me, cantara Grândola e o hino nacional, misturado com a que é a gente que minha é porque deles sou.
Vinha… estranho. Estranhamente “estrangeiro”. Sabendo que o sou, assumindo-me lucidamente que o sou, triste por o ser. O corpo pedia cama e repouso. Mas a cabeça não parava. De procurar coisas. Queria deixar aqui uma marca. E encontrei-a, em As Asas de Ícaro, do Rogério Ribeiro. Fiz todo o trabalho para que, hoje, fique aqui essa marca que quero que fique.
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Vinha… estranho. Estranhamente “estrangeiro”. Sabendo que o sou, assumindo-me lucidamente que o sou, triste por o ser. O corpo pedia cama e repouso. Mas a cabeça não parava. De procurar coisas. Queria deixar aqui uma marca. E encontrei-a, em As Asas de Ícaro, do Rogério Ribeiro. Fiz todo o trabalho para que, hoje, fique aqui essa marca que quero que fique.
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Acabado o trabalho, com o corpo a ganhar a batalha contra a vontade de continuar desperto e vivo, ainda resolvi uma passagem pelas últimas notícias. Fui ao sapo ver o que havia. E tropecei na rubrica Rede, onde vejo «25 de Abril sempre, o testemunho de um preso político». Antes de abrir ainda disse cá para mim vamos lá ver quem eles foram descobrir para não ser um dos nossos (*)… E encontrei isto.
Fiquei surpreendido, comovido. Grato.
Reli o texto, que é o começo do meu livro de 1982/3. Apeteceu-me reescrevê-lo. Há para ali coisas que deviam ser corrigidas formalmente, vírgulas a mais e vírgulas a menos (algumas não por minha culpa).
Fiquei surpreendido, comovido. Grato.
Reli o texto, que é o começo do meu livro de 1982/3. Apeteceu-me reescrevê-lo. Há para ali coisas que deviam ser corrigidas formalmente, vírgulas a mais e vírgulas a menos (algumas não por minha culpa).
Mas... fiquei reconciliado! E fui dormir para acordar para a manhã do dia nascido!
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(*) - não é mania da perseguição, não, é perseguição mesmo... com excepções como faz parte das regras.
4 comentários:
Lendo-se os comentários de hoje,ao 25 de Abril, por tudo quanto é sítio,a «salazarada@33a24abril.pt» esteve toda de serviço...
Abraço e venha o 1º de MAIO!
Como te percebo, depois da tarde que tiveste ontem e, pelos vistos, da noite.
Fui ao link, e se ompost não me surpreendeu - já conhecia o texto - surpreenderam-me um ou outro comentadores que ainda têm saudades do passado. E não têm vergonha de o dizer.
O 25 de Abril está VIVO e muito VIVO!
Deixo-te um abraço. Depois de ter tido ao colo o mais novo cravo de Abril que conheço: a Sofia!
:))
Depois de ontem, de lá, onde se não canta e desreipeitosamente um disco de Zeca faz o serviço, continuei a desrespeitar o meu 25 de Abrile estive não sei onde! Cheguei agora, os blogues, um certo anónimo, uma ligação a um link incerto, as três fotos de passe da polícia, um texto com lugar e olho para mim: porra! eu conheço este gajo!
E, entretanto, talvez ontem, num largo duma câmara municipal, algures, a voz oca dos vereadores a enfolar os seus fatos cheios de goma e o povo de Grândola, numas colunas de não sei quantos watts, a sumir-se no vento duma noite sem chuva!
Para se ser abril não basta cantar, aliás, se não se é Abril nem se o sabe cantar! E sai assim, uma coisa sem jeito. Pior, sem respeito por quem tem fotos de passe em perfil.
Um abraço dum sítio em que, felizmente, não há largo da câmara municipal
Parabéns camarada Sérgio. Que bela surpresa tiveste!! Mas foi bem merecida porque tu estiveste não só na rectaguarda mas continuas a percorrer os caminhhos "que Abril abriu".
Um beijo.
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