A coincidência – se coincidência é, ou, até, se coincidências há – da realização da iniciativa do PCP-GUE/NGL do Parlamento Europeu do debate Alternativas – A crise na União Europeia: Direitos, Produção, Solidariedade e Soberania com a realização do Conselho Europeu de 24/25 Março, tem o maior significado. Que terá sido ampliado pelo êxito da iniciativa (embora não pareça) e pela importância das conclusões da reunião cimeira (embora não pareça).
O êxito da iniciativa mede-se pela sala cheia da Casa do Alentejo, pela presença de deputados (ou representantes) da Alemanha, de Chipre, da França, da Grécia, de Portugal, do Parlamento Europeu e da Assembleia da República, e não se desvalorize o facto de serem do grupo a que o PCP pertence, ou que do PCP são, porque isso não lhes retira nada, bem pelo contrário, de serem eleitos e representante do povo, e mede-se pela quantidade e qualidade de intervenções desses eleitos e de representantes de actividades relevantes da vida social portuguesa, de economistas a agricultores e pescadores, que preencheram 4 horas de debate, com intervenção final de Jerónimo de Sousa, em que se fizeram análises e foram avançadas posições que são muito significativas, qualquer o posicionamento dos observadores. Como a comunicação social (não!) o comunicará mas nós o iremos fazer, neste nosso cantinho.
A importância das conclusões do Conselho Europeu ver-se-á, sentir-se-á e sofrer-se-á, embora também não tenha (ainda) visto tratamento comunicacional proporcional e ajustado. O CE começou por afirmar a adopção de um "pacote de medida a fim de dar resposta à crise (de que mais adiante é escrito ter-se saído…), preservar a estabilidade financeira e lançar as bases de um crescimento inteligente (!), sustentável, socialmente inclusivo e gerador de emprego”. Depois, resume-se o objectivo do chamado Europa 2020, consolidação orçamental e reformas estruturais, em que se vai, nesse resumo de meia dúzia de linhas iniciais, ao pormenor da referência aos famigerados 3% e ao “ajustamento estrutural anual claramente superior a 0,5% do PIB", em contraste com a vacuidade das referências ao "empenhamento em pôr em prática medidas destinadas a: - valorizar o trabalho, - ajudar os desempregados a reintegrar o mercado do trabalho, - combater a pobreza e promover a inclusão social, - investir na educação e na formação...” e blá-blá-blá sem qualquer tradução prática e apenas repetindo o que há décadas se vem podendo ler ou ouvir como cantos celestiais, ou de sereia.
Tanto mais que, após a parte de texto das conclusões, o essencial está nos anexos, o I sobre o Pacto para o euro mais e o II a Ficha descritiva do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade), a que, evidentemente, iremos (todos) voltar.
O êxito da iniciativa mede-se pela sala cheia da Casa do Alentejo, pela presença de deputados (ou representantes) da Alemanha, de Chipre, da França, da Grécia, de Portugal, do Parlamento Europeu e da Assembleia da República, e não se desvalorize o facto de serem do grupo a que o PCP pertence, ou que do PCP são, porque isso não lhes retira nada, bem pelo contrário, de serem eleitos e representante do povo, e mede-se pela quantidade e qualidade de intervenções desses eleitos e de representantes de actividades relevantes da vida social portuguesa, de economistas a agricultores e pescadores, que preencheram 4 horas de debate, com intervenção final de Jerónimo de Sousa, em que se fizeram análises e foram avançadas posições que são muito significativas, qualquer o posicionamento dos observadores. Como a comunicação social (não!) o comunicará mas nós o iremos fazer, neste nosso cantinho.
A importância das conclusões do Conselho Europeu ver-se-á, sentir-se-á e sofrer-se-á, embora também não tenha (ainda) visto tratamento comunicacional proporcional e ajustado. O CE começou por afirmar a adopção de um "pacote de medida a fim de dar resposta à crise (de que mais adiante é escrito ter-se saído…), preservar a estabilidade financeira e lançar as bases de um crescimento inteligente (!), sustentável, socialmente inclusivo e gerador de emprego”. Depois, resume-se o objectivo do chamado Europa 2020, consolidação orçamental e reformas estruturais, em que se vai, nesse resumo de meia dúzia de linhas iniciais, ao pormenor da referência aos famigerados 3% e ao “ajustamento estrutural anual claramente superior a 0,5% do PIB", em contraste com a vacuidade das referências ao "empenhamento em pôr em prática medidas destinadas a: - valorizar o trabalho, - ajudar os desempregados a reintegrar o mercado do trabalho, - combater a pobreza e promover a inclusão social, - investir na educação e na formação...” e blá-blá-blá sem qualquer tradução prática e apenas repetindo o que há décadas se vem podendo ler ou ouvir como cantos celestiais, ou de sereia.
Tanto mais que, após a parte de texto das conclusões, o essencial está nos anexos, o I sobre o Pacto para o euro mais e o II a Ficha descritiva do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade), a que, evidentemente, iremos (todos) voltar.
1 comentário:
Coincidência ou não ainda bem que esse debate se realizou para tentar desmascarar as"boas intenções" do Conselho Europeu.
Um beijo.
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