Dir-se-á o mesmo de outro modo ao dizer-se que temos o (mau) hábito de viver, ancestralmente e, de tempos em tempos, abusivamente, acima das nossas possibilidades, ou melhor, dos nossos merecimentos ou direitos. Corroboraria, com a reserva peremptória de que nem todos, que a maioria não, e que não é uma fatalidade ou um fado.
sábado, abril 30, 2011
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 7
Dir-se-á o mesmo de outro modo ao dizer-se que temos o (mau) hábito de viver, ancestralmente e, de tempos em tempos, abusivamente, acima das nossas possibilidades, ou melhor, dos nossos merecimentos ou direitos. Corroboraria, com a reserva peremptória de que nem todos, que a maioria não, e que não é uma fatalidade ou um fado.
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 6
• Onde existe, onde se pode ir buscar, onde se pode criar?
Não se pode encontrar (ou mobilizar ou potenciar) nos estratos a quem os rendimentos do trabalho ou das pensões não chegam para a satisfação das suas necessidades (reais, sociais ou artificialmente criadas), e por isso se endividam, aliciados pelas entidades cuja actividade é a de captar poupanças, e/ou de conseguir crédito para conceder crédito, e fazem dessa actividade o seu negócio.
Intervalo
sexta-feira, abril 29, 2011
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 5
- A Constituição da República Portuguesa existe?
• O que se jura é para se cumprir?
• Quando incompatível com um direito dito comunitário, qual prevalece?
• Respeita-se, na organização económica, o que ela diz quanto à articulação de sectores, ao favorecimento dos desfavorecidos, à subordinação do poder económico (e financeiro) ao poder político democrático? - É admissível que, neste quadro de partida, se coloque sequer a hipótesede adopção de regras orçamentais com quantificação de lomites para o défice, e com estatuto constitucional?
- Como se adapta o necessário financiamento do Estado ao espírito e às regras constitucionais?»
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 4
quinta-feira, abril 28, 2011
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 3
e completando com comentários)
Reflexões lentas e anexas
- Há, em toda a evidência, uma campanha para se incluir, em textos constitucionais, ou de textos que a constituição se assemelhem, uma regra que imponha um limite máximo, expressso num número, para o défice orçamental. O que, na minha concepção (leiga) de texto constitucional, é um perfeito absurdo. Que se diga, em texto constitucional, que se deve procurar um equilíbrio orçamental e se exija transparência nas contas públicas, parece-me certíssimo, mas que, aqui e na Alemanha e na França e em Chipre e onde for, se constitucionalize, para todos, um mesmo número (de 3%) é quase ridículo.
- Por outro lado, são os maiores defensores do neo-liberalismo que o defendem, contraditoriamente com a sua cega (mas com evidentes contradições com a realidade) defesa da "livre iniciativa" e da regulamentação mais flexível, ou tão flexível que nem exista.
- Por último, nesta reflexão a partir do que ouvi ao mesmo tempo que lia, acho muito significativo que o texto do governador do BP não use a palavra trabalho, trabalhadores, povo, cidadãos, mas que escreva e fale de eleitores e contribuintes. Ao fim e ao resto, aquilo a que nos querem reduzir, tirando uma "nata" de decididores e seus servidores.
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 2
quarta-feira, abril 27, 2011
35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 1
35º aniversário da Constituição de Abril
terça-feira, abril 26, 2011
Reflexão ao findar o dia - falsos consensos e confiança no povo
segunda-feira, abril 25, 2011
Esta é a manhã dos dias
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, abril 24, 2011
Leitura de domingo de manhã (de Páscoa)
sábado, abril 23, 2011
Sábado... e 23 de Abril e de Páscoa!
sexta-feira, abril 22, 2011
Nos 35 anos da Constituição da República Portuguesa
35 ANOS DA CONSTITUIÇÃO
COLÓQUIO COMEMORATIVO
REVISITAÇÃO DO CONSENSO CONSTITUCIONAL
PROGRAMA
Dia 27 de Abril:
15.00 h Abertura
Intervenção: Rui Moura Ramos
15.30 h Financiamento do Estado
Intervenção e Comentário: Carlos Costa/Sérgio Ribeiro
17.15 h Direitos Económicos e Sociais
Intervenção e Comentário: Paulo Otero/D. Manuel Clemente
Dia 28 de Abril:
9.45 h Representação Política
Intervenção e Comentário: António Barreto/Marcelo Rebelo de Sousa
11.30 h Direitos, Liberdades e Garantias
Intervenção e Comentário: António Vitorino/Teresa Beleza
15.00 h Transconstitucionalidade
Intervenção e Comentário: Marcelo Neves/Paulo Rangel
16.45 h Conclusões
Intervenção: José Carlos Vieira de Andrade
17.15 h Encerramento
Para parar, escutar, olhar e reflectir
De "dias de agora"
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Mas o capitalismo não é o que alguns querem que seja, ou que alg(uns)outros querem que muito(s)utros creiam que o capitalismo é.
Por isso, e assim sendo, sendo o capitalismo o que é, tomei partido contra o capitalismo, e pela classe que o capitalismo fez nascer das suas entranhas, pelo proletariado.
quinta-feira, abril 21, 2011
25abril-Sempre
Ontem, tertuliou-se...
Contra-veneno - Cuba
Afinal não foi bem assim! Até se pode dizer... bem pelo contrário. Que desmentiu essas e outras "teses" em que persistem e se alimentam.
É outra informação.
quarta-feira, abril 20, 2011
Quem bem te avisou...
Quantos dizem, hoje, o que há mais de uma dúzia de anos foi dito?
Tertúlia
terça-feira, abril 19, 2011
Esvaziando a irritação...
Sempre o mesmo alvo...
quer legislação laboral mais flexível
e idade de reforma aos 68 anos »
... é - em toda a evidência - a luta de classes!
A propósito de...
Começaram por promessas de outros viveres (em covergência...), de que mostravam as rosadas e risonhas faces, as sonhadas casas com muitas confortáveis e lindas assoalhadas mais casas de banho e cozinha que outros salões de bem-estar semelhavam, televisões a cores e cabo por todas as divisões, as telecomunicações por suas auto-estradas, os telemóveis de gamas sempre últimas, telegenia, telepatia, tel-e-coisas várias e micro-ondas, as redes de auto-estradas de outras comunicações (com centenas de quilómetros em SCUTs), as viagens de férias a inacessíveis e paradisíacos lugares. Saúde e educação como mandava a Constituição. E tudo o mais que a imaginação pudesse almejar
Tudo seria tranquilidade, mel e incenso. E, para lá chegar, a "Europa connosco", moeda única, crédito fácil e juros baixos se os salários não chegassem.
Depois, os travões. O "acima das possibilidades". A acusação e a culpabilização. Mas não dos fautores e feitores e aproveitadores. Mas sim das vítimas das ilusões criadas e alimentadas. As vítimas, réus. Os algozes, acusadores. O hipócrita discurso, deles consensual, da necessidade do sacrifício de todos, mas para ser feito só pelos que não têm mais para sacrificar além das ilusões em que foram sendo enredados.
Agora, o cerco. O garrote. O "apertar o cinto". O frigorífico vazio. O salário e a pensão, que não davam para poder ter férias, que ficarão sem o que ajudava a recuperar um pouco da escassez do salário e da pensão; o salário e a pensão, que não davam para fazer compras no natal, ficarão sem o que ajudava a recuperar um pouco da escassez do salário e da pensão (*).
Dizemos Não! ao cerco, ao garrote, ao "apertar o cinto", ao frigorífico vazio, ao telemóvel sem carga, ao automóvel sem combustível, ao salário consumido em juros de empréstimos que cresceram e em IVAs que se aumentam e se escondem no agravamento dos preços, agravando-o.
Só muitos e unidos prosseguiremos o caminho que está nas nossas mãos. Para ser caminhado pelos nossos pés.
Tendo de dar, antes, alguns pontapés... Na sorte e não só!
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(*) – Recebendo 100 por mês em 14 meses, passar-se-ía a receber 100 por mês em 12 meses, isto é, de 1.400 anuais passar-se-ía para 1.200, uma baixa de 14,3% no salário ou na pensão anual.
segunda-feira, abril 18, 2011
Contacto com FMI/UE/BCE - Declaração de hoje, de Jerónimo de Sousa
Portugal vs Chile
- mais população (17 milhões vs 10,6 milhões) e menor PIB por cabeça (6,9 mil vs 15,8 mil)
- um endividamento público muito menor (22,1% do PIB chileno vs 82,8% do PIB português)
- um endividamento das famílias (em percentagem do rendimento) também muito menor (59% vs 129%)
- uma enorme dispersão na distribuição de rendimentos herdada da ditadura, e pouco corrigida (o rendimento médio dos 20% mais ricos seria 15,7 superior ao rendimento médio dos 20% mais pobres, enquanto essa relação, em Portugal, seria de 1 para 6, das maiores na nossa "região").
Tudo exige estudo. E sério!
Os cravos
domingo, abril 17, 2011
Voltando ao que importa e directo ao assunto
As contradições que os homens vivem e Um tiro em quatro pés
sábado, abril 16, 2011
Elucidativo
Sobre... Os vampiros
sexta-feira, abril 15, 2011
(Ex)citação
O que é o FMI?
quinta-feira, abril 14, 2011
40º aniversário da CGTP-IN
Lutar, lutar sempre
Surpreendido... mas não confuso
quarta-feira, abril 13, 2011
JÁ agora...
Ajustamentos estruturais
Reflexões lentas... a partir de "notícias"
Banca deve menos dois mil milhões ao BCE Marta Marques Silva 13/04/11 00:05 ________________________________________
É a primeira queda mensal desde Novembro de 2010. Os bancos nacionais cortaram a factura junto do Banco Central Europeu (BCE) em dois mil milhões de euros, no mês de Março. De acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal, a instituições portuguesas devem agora 39,1 mil milhões de euros, naquela que é a primeira queda mensal desde Novembro. O BCE é, desde há quase um ano, a principal fonte de financiamento dos bancos portugueses mas Jean-Claude Trichet, presidente da instituição, já sinalizou por várias vezes a necessidade da banca diminuir a dependência do financiamento comunitário. Nos últimos meses, os bancos portugueses têm diversificado as fontes de financiamento, principalmente através do recurso à venda de activos com acordos de recompra e da titularização de carteiras de créditos. Em Janeiro, os bancos nacionais tinham 7,9 mil milhões em venda de activos com acordo de recompra, o que compara com 5,2 mil milhões no mês homólogo e 1,6 mil milhões em Janeiro de 2009.
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Paro para pensar.
Reflictamos um pouco.
Comecei por conhecer e usar - e, depois, estudar - os bancos como os locais, entidades, instituições, que substituíam os "pés-de-meia", os "fundos-de-colchão", as "gavetas-das-sobras", os sítios onde se depositavam as nossas "economias", para ficarem mais seguras. Também para desses depósitos do que era nosso, recebermos umas pequenas retribuições, variáveis segundo o tempo que possibilitávamos a essas entidades de usarem o que nosso era nas suas actividades. Ou seja, para emprestarem a outros o que a elas emprestávamos, recebendo também uma retribuição pelo que, sendo nosso, emprestavam a outros - ou a nós mesmos... -, isso sendo a sua vocação, disso fazendo o seu negócio.
Estou a escrever sobre "spreads", sobre movimentos que têm, agora, nomes esquisitos. Porque as coisas se foram complicando, como as denominações, como a vida, como as relações sociais. Mas não deixaram de ter essa matriz, de se fundarem no que é nosso, fruto do que tudo cria, do nosso/humano trabalho, e que, sendo nosso, outros usam em seu proveito e em nosso desfavor!
Por aqui fica, por agora, a reflexão.
terça-feira, abril 12, 2011
No centro do vulcão/pesadelo
segunda-feira, abril 11, 2011
Alguns registos
com
a Mariana e o Zé Casanova!
domingo, abril 10, 2011
Um sentimento de pena...
Reflexão na manhã de domingo
Há alternativa e há propostas concretas... concretização destas em termos práticos (e/ou temporais), é que são duas coisas completamente diferentes.
Uma, são as propostas, que realistas têm de ser, isto é, concretizáveis;
outra, são as formas e os prazos para as suas concretizações.
Ao socialismo chegaremos!
Quando e como, veremos! Depende de... nós todos. Das massas.