Isto, a par da sua (dos bancos, do sistema bancário) crescente influência no financiamento, que concretizam por intermediação, como é de sua natureza, de onde a tão discutível, mas tida como consensual, procura (política!) de reforço dessa posição por, ou injecções de capital-dinheiro fictício, ou acréscimo de taxas de intermediação, e não pela contenção e redução relativa dessa influência, cada vez maior, politicamente, à revelia da Constituição.
Desta forma se confirmam os principais financiadores da economia (os “particulares” e a “poupança externa”), como também é de sua natureza, com activos financeiros positivos mas, de certo modo, perdendo posição nos desproporcionados fluxos de intermediação, a que a etiqueta de especulativos não ficaria mal, particularmente quando transbordam das baias do tolerável pelas regras e entidades reguladoras, nem sempre suficientemente atentas e intervenientes.
Ainda nesta Nota do Banco de Portugal, e neste provocado comentário, a parte do endividamento surge recorrente, até porque o financiamento da economia a ele tem recorrido em evidente excesso, e importa sublinhar o que, dito e insistido em termos políticos, pode causar incómodo e evidente desconforto, mas é (usando expressão na moda…) incontornável, e talvez tolerável em economês ou financês, ainda assim português:
o endividamento do sector privado não financeiro cifrou-se em 224% do PIB em 2010, com 129% relativos às “sociedades não financeiras” e 95% aos “particulares”, mostrando-se, à evidência, que a dívida de Portugal é, sobretudo, de empresas e de particulares.
Desta forma se confirmam os principais financiadores da economia (os “particulares” e a “poupança externa”), como também é de sua natureza, com activos financeiros positivos mas, de certo modo, perdendo posição nos desproporcionados fluxos de intermediação, a que a etiqueta de especulativos não ficaria mal, particularmente quando transbordam das baias do tolerável pelas regras e entidades reguladoras, nem sempre suficientemente atentas e intervenientes.
Ainda nesta Nota do Banco de Portugal, e neste provocado comentário, a parte do endividamento surge recorrente, até porque o financiamento da economia a ele tem recorrido em evidente excesso, e importa sublinhar o que, dito e insistido em termos políticos, pode causar incómodo e evidente desconforto, mas é (usando expressão na moda…) incontornável, e talvez tolerável em economês ou financês, ainda assim português:
o endividamento do sector privado não financeiro cifrou-se em 224% do PIB em 2010, com 129% relativos às “sociedades não financeiras” e 95% aos “particulares”, mostrando-se, à evidência, que a dívida de Portugal é, sobretudo, de empresas e de particulares.
(páginas 59 a 62 de 71 páginas A5,
algumas apenas com uma palavra ou frase)
3 comentários:
Os empréstimos vão direitinhos para a dívida privada, à custa dos parcos salários e miseráveis reformas do povo. Enquanto a crise económica cresce os lucros da banca são de 252,5 milhões nos primeiros três meses.
Bjs,
GR
Pois é, mas interessa lá clarificar a situação, como tu estás a fazer...
Ainda bem que por estes dias esta coisa da "dívida pública" que afinal não o é... já está a tornar-se mais evidente. Aqui há uns meses, por esta altura do discurso, já estarias a provocar danos em "sensibilidades ofendidas"... :-)))
Abraço.
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