terça-feira, maio 03, 2011

35º aniversário da Constituição de Abril - 12

Ainda acrescento que dificilmente vejo como se pode tratar desta questão maior do endividamento sem sublinhar este facto do peso determinante da dívida privada, nomeadamente das famílias, ter necessariamente uma umbilical ligação aos níveis salariais, na óptica de quem os recebe, face às necessidades emergentes (reais, sociais ou artificialmente criadas), e para cuja satisfação se teria forçado o endividamento, e à enorme disparidade na distribuição de rendimento que se observa em Portugal.
Por outro lado, a Nota (do BP) dá nota de situações e evoluções relevantes nesta abordagem, como os casos Portugal Telecom-VIVO e da transferência de fundos de pensões para a Caixa Geral de Aposentações, e outros, correspondendo a movimentações reais ou tão-só, nalguns casos, contabilísticas com forte significado político.
Por onde não pretendo enveredar, embora considero dever registar, na componente “administrações públicas”, no lado negativo, ou seja, endividador, a referência à (cito) “concessão de empréstimos à Grécia, no contexto do programa de auxílio financeiro”, que ora nos bate à porta ou forçou a entrada, e a “aquisição de material militar”.

1 comentário:

GR disse...

O capitalismo foi inteligente, levou o cidadão a ficar endividado, fazendo dele;
Um trabalhador com medo do despedimento, da luta, da coerência
Os reformados com medo do amanhã
Os jovens mesmo que licenciados, sem futuro
O capitalismo com o endividamento amedrontou, amarrou o Povo, estupidificando-o.

Bjs,

GR