Tive acesso a este esclarecedor (pelas questões que levanta) texto de comentário do Ricardo Oliveira, que reproduzo com gosto (e gozo):
Angela Merkel
candidata a primeiro-ministro de Portugal?
Segundo o Jornal de Negócios (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=485241), a chefe do governo alemão exige que o número de férias e a idade de reforma de Portugal e dos restantes países periféricos sejam iguais às da Alemanha. A tentação imperial alemã assume novo patamar.
Desculpando-se com supostos desequilíbrios orçamentais no seio da União Económica e Monetária, na zona euro, o governo alemão demonstra que considera legitimo exigir e determinar as políticas sociais daqueles que dizem serem seus parceiros.
No entanto, a Alemanha não exige que do ponto de vista social os países periféricos obtenham o mesmo nível de protecção social e de rendimento disponível que a própria Alemanha. Mais, se tivermos em conta que, exceptuando a Espanha, estamos a falar de países com um peso insignificante na despesa e PIB europeus, perceberemos que o objectivo não é garantir a solidez monetária na região e protege-la de desequilíbrios.
Estamos perante a intenção de garantir que estes países forneçam mão-de-obra barata e precarizada (para ser ainda mais barata) para a produção que não compensa realizar no centro da UE e que ainda não pretendem que seja transferida para outras regiões do mundo. E em simultâneo pretendem garantir que a banca e o grande capital alemão obtenham elevados lucros com a intervenção (que apelidaram de ajuda!) junto destes países.
Mas estará Angela Merkel a dizer alguma novidade que não esteja já prevista nas linhas ou nas entrelinhas do memorando? Claro que não!
E perante este tipo de declarações o que diz o PS, o PSD e o CDS, os partidos do programa comum?»Boa! E boa pergunta...
1 comentário:
Esta gente sinistra tira-me o sono.
Campaniça
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