Dramatizam-se as situações. Ao nível da tragédia… grega.
Começam a ser consensuais interpretações que antes se recusavam liminarmente e com anátemas, ou desprezo, para quem as fundamentava, prevendo e prevenindo. A culpa é da demencial “financeirização”, que veio ocupar todo o espaço da economia na vida social.
Mas essa vinda ao que é evidente e irrecusável faz-se à superfície, à tona da espuma das palavras, sem se ir às causas, fugindo-se à inevitável saída do quadro ideológico em que se movem como náufragos no mar encapelado ou moscardos contra as vidraças.
As causas estão na dinâmica do capitalismo, no seu funcionamento nesta sua fase de transnacionalização do capital financeiro. Cuja se pode encontrar a partir do contributo para a crítica da economia política. Na composição orgânica do capital (que apenas se pode conter com destruição e guerra), na baixa tendencial da taxa de lucro, que se quer contrariar a todo o custo, (“custe o que custar”... aos trabalhadores, na relação de forças capital/trabalho).
Piscam os alertas amarelos. Com sinais de vermelho vivo.
Há a desesperada “leitura” da ausência de líderes. O apelo à liderança forte, as saudosas referências aos nomes gloriosos do antanho próximo, esquecendo o que e como então foi, é perigosíssimo. Porque é, também, a justificação para a suspensão de regras mínimas de convivência democrática, após esgotada a sua violação periódica e cada vez mais frequente.
Valha-nos um Hitler, valha-nos um Salazar? Modernos, claro! Humanos, evidentemente! Mas com "mão de ferro", a começarem por se impor aos seus pares e comparsas.
Valham-nos as massas. E a tomada de consciência pelo conhecimento do contributo de Marx.
4 comentários:
Porque nao nasci no mundo que trago em mim?
(José Gomes Ferreira)
Grande Zé Gomes, grande poeta militante!
Mas tem resposta... o mundo que está em nós tem de ser feito por nós.
Saudações camaradas, camarada
Mãos à obra que um novo mundo já se vê ao longe.
Vamos então construir o mundo que o noso poeta militante trazia dentro de si e para o qual tanto lutou, com a sua maravilhosa poesia.
As "palavras são armas"..
Um beijo.
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