Extractos da intervenção de Jerónimo de Sousa (começo e final)
no comício da Voz do Operário:
(foto bem diferente das que a televisão nos "ofereceu".
de gente idosa - mas digna! -,
de caras isoladas e marcadas pela luta - mas na luta!)
Comemoramos 91 anos da criação do nosso Partido Comunista Português num momento em que a ofensiva da política de direita contra os trabalhadores e o povo entrou numa nova fase com as imposições em curso do Pacto de Agressão negociado entre PS, PSD e CDS e o FMI, BCE e UE e quando a luta de oposição a essa ofensiva assume no nosso país uma nova dimensão e significado.
Comemoramos, por isso, este ano, o aniversário do PCP num quadro político complexo e exigente onde estão expostos redobrados perigos para os trabalhadores, o povo e as suas conquistas, para o próprio regime democrático de Abril e ao mesmo tempo se abrem novas possibilidades e potencialidades de os esconjurar com o reforço e amplitude que a luta vem assumindo.
A grandiosa manifestação da CGTP-IN do passado dia 11 de Fevereiro no Terreiro do Paço, sendo um elemento marcante da situação política nacional que ficará registada pelo seu significado histórico, é bem a expressão desta nova fase da luta contra a política de direita em que nos encontramos.
Manifestação que é uma inequívoca expressão do descontentamento com o actual rumo do país e a afirmação de uma vontade clara de continuar a luta contra a política de empobrecimento dos trabalhadores, das camadas populares e de ruína nacional.
Dessa luta que hoje se desdobra em múltiplas frentes e que está a confluir para a grande Greve Geral marcada pela CGTP para o próximo dia 22 Março.
Greve Geral que daqui saudamos e que estamos certos que se concretizará com o mesmo êxito da grande manifestação do Terreiro do Paço. Uma Greve Geral que reclama dos militantes e organizações do Partido um esforço e um empenhamento redobrado na mobilização. Uma Greve Geral que será mais um importante contributo para o isolamento social e político do governo e mais um decisivo passo em frente no caminho do enfraquecimento e da derrota da sua política, do Pacto de Agressão e das forças que o sustentam.
Comemoramos o aniversário do nosso Partido no meio de uma intensa actividade e com os olhos postos nas tarefas do desenvolvimento da luta dos trabalhadores e do povo.
Da luta de um povo que não está disposto a cruzar os braços perante a exploração e a injustiça.
De um povo que não aceita ser subjugado e que não admite ajoelhar perante o abuso do poder, a arrogância e as exigências do grande capital nacional e internacional e dos seus representantes no país e na Europa.
(...)
Aos que nos convidam a cair no pântano do conformismo e das inevitabilidades.
Aos que proclamam que temos que saber viver sem direitos, a viver sem esperança, a viver sem luta, dizemos e reafirmamos: desiludam-se!
Temos Partido não só para resistir, mas para avançar, que é portador daquela esperança que não fica à espera e que caldeada na luta concreta torna o sonho realidade, sempre, sempre com os trabalhadores e o povo.
3 comentários:
Temos PARTIDO e soluções para sair deste atoleiro.
E temos também gente.
VIVA O PCP.
Um beijo.
... e esta "velharada" sempre nas fotografias... que nervos! :-)
Abraço.
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