Como com frequência acontece, ao ler Nicolau Santos, no caderno Economia do Expresso, dá vontade de o transcrever, sem grandes comentários. Embora, também com frequência, nos "saiba a pouco" e, em outras ainda, nos convoque ao desacordo e nos convide à contradita. Mas, sempre, à reflexão. O que é uma grande virtude.
No número desta semana - a que já passou -, a apresentação do PETI (Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas), o que NS escreve é um verdadeiro manancial de considerações que confluem (ou podem confluir) na caracterização e anatematização de uma estratégia e de políticas "de classe" deste governo (e não só).
Com o plano (!), este governo, que se mostra tão alérgico ao investimento público, vem investir publicamente cerca de 6 mil milhões de euros em 6 anos, em infraestruturas, adjudicando 95% das obras antes das eleições de 2015, "o que seguramente contribuirá para animar o sector das obras públicas e reduzir o desemprego - mas também, quem sabe, para melhorar os resultados eleitorais da maioria." E, até, alargar essa maioria, pois - seguramente - provocará consensos...
Que o investimento público é indispensável será também consensual, numa abordagem não centralmente político-partidária, entre keyneseanos e marxistas. Mas nunca o poderá ser um investimento público para beneficiar 7 grandes empresas ou grupos.
Como escreve NS, uma coisa é esses "7 grandes" poderem beneficiar de infraestrutturas criadas pelo investimento público, outra "é o Plano resolver problemas específicos destas empresas." E para isso ser criado!
Diz NS,no seu comentário, ter o tal PETI(t é que não é...) "um risco elevado, um erro histórico e uma cedência inadmissível".
À questão (ou questões) voltaremos, acrescentando já que tal PETI(zão) tem, classicamente, o "pecado original" (ou virtude, dirão alguns) de servir uma classe à custa de todos.
3 comentários:
Sao 7 grandes a viverem ä custa dos "Petits".Comme d'habitude!
Um beijo
Mal sabe ele no que se mete quando tu analisas os seus comentários!!!!. Um dia destes deixa de se Keynesiano, graças a Deus.
Um beijo.
Sempre, mas sempre, na base de tudo, a luta de classes!
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