sexta-feira, dezembro 04, 2015

Reflexões lentas - Cidadania e inaceitável, lamentável e condenável

  • Obrigatório. 

Deveria ser obrigatório que, no ensino assim chamado, todos os jovens em vias de se tornarem cidadãos, aprendessem o mínimo de... cidadania. 
  • Cidadania.

A cidadania resulta da convivência e de regras que, para ela, é necessário estabelecer, cumprir e fazer cumprir, regras que se não podem desconhecer e são as leis (e porque são: circular por um dos sentidos da via - na estrada pela direita, nos caminhos de ferro pela esquerda), de que a primeira é a lei de onde dimanam todas as outras, isto é, a Constituição, saber o que é o Estado, como funciona nas suas linhas mestras - os poderes (legislativo, executivo, judicial) e como se organizam e articulam (Presidência da República, Assembleia da República, Governo, Poder Autárquico).
  • Inaceitável.

É inaceitável que os cidadãos que se propõem representar os outros enquanto exercício de delegação do poder de todos em apenas alguns (como tem de ser, pois não podem todos fazer tudo o que a todos respeita), desconheçam esse mínimo de... cidadania. E mais, se boicote quem queira repor a verdade e se apresente numa postura cidadã.
  • Lamentável.

Por isso, é lamentável, próprio de burlões, que quem, não podendo desconhecer as regras da cidadania, não só não as cumpra, como não as divulgue e, pior ainda, use de má fé e informe os concidadãos de maneira errada para conseguir essas delegações de poder. Exemplo: sabendo-se que os cidadãos nas legislativas, elegem os deputados do seu círculo eleitoral para formarem, com os eleitos pelos outros círculos eleitorais, o orgão democrático representativo por excelência, a Assembleia da República, haja quem faça campanha como se o voto fosse para escolher o governo ou o primeiro-ministro.
  • Condenável.

Sendo assim, é condenável (não sei é como...) que, depois de, apesar de tudo e no final de um processo complicado, tudo tenha acabado funcionando de acordo com as regras que são as da nossa cidadania, da Constituição e do Estado que são os nossos, haja quem insista na burla a partir da mentira repetida e glosada de que os cidadãos têm um chefe de executivo que não elegeram, que está nesse lugar contra a vontade do povo (nas suas costas), por golpaça contra aquele que o povo elegera, e repitam a mentira com desvergonha e como se pudessem substituir-se ao que obriga todos. Também a eles.
  • Denúncia.

Exemplificando os actos e dando o nome aos protagonistas, os discursos da chamada direita a merecer o apodo de extrema direita e de radical, com que apostrofam a esquerda que não é radical (mas tão-só esquerda), feitos na discussão do programa de governo feitos por Telmo Correia, Paulo Portas, Passos Coelho (houve mais, mas estes salientaram-se), insistiram em qualificar o primeiro-ministro de não-eleito como se fosse um insulto, quando nenhum primeiro-ministro, no quadro da cidadania portuguesa, foi eleito ou será enquanto for este o processo. Eleitos são o Presidente da República, os deputados da AdaR, os eleitos no poder autárquico. 

Este é apenas um sinal!   
   

1 comentário:

Justine disse...

é necessário repetir a verdade pelo menos tantas vezes quantas são repetidas as mentiras...