... mas, passo a passo, vai sendo perpetrado com votos em nome de Deus, invocado em pecado por quem se diz (ou julga "fiel") crente, da Pátria, entidade abstracta, mi(s)tificada, ausente do seu real significado, as gentes, e da Família, da família de cada um, paroxismo do individualismo que faz dos seres humanos ilhas e não continente e arquipélagos com pontes. E com mensagens para pais e mães e avós que já morreram e para filhos e netos que ainda não nasceram, para tias e tios, irmãos e irmãos, "povo", num ritual segundo um guião e numa histeria colectiva controlada (há que ter cautelas com as massas!), a lembrar as mensagens veiculadas pelo Movimento Nacional Feminino no tempo da guerra colonial. E a repetida, por fazer parte do guião, referência aos 10 milhões de desempregados e à corrupção, como se os corruptos não fossem o produto do sistema e não fossem eles os mandantes, e não estivesse ali a presidir, presidencial, ao julgamento de um não crime um dos arguidos (ou já réu) de crimes provados.
Pois... mas como sofro de um incurável optimismo (acredito na dinâmica da História da Humanidade), na longa madrugada de tal espectáculo, com momentos de tanto disparate e ridículo em cenário que Niemeyer não merecia, senti-me solidário com vozes e posições de muita lucidez e estimulante coragem.
A luta continua. Lá e aqui. Onde for!
tudo isto a exigir
"reflexões lentas"
(no meio do vendaval
que nos quer varrer?!...)
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