quinta-feira, abril 07, 2016

Páginas (não revistas) de um diário em curso de escrita a correr

06-07.04.2016

Dias agitados, até agora (e depois de agora), em que me sentei aqui e abri (aqui, nestas páginas) o computador.

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Ambiente caseiro muito movimentado (e com grande satisfação!) e pouco propício para o acompanhamento que se impõe cidadãmente do “estado do mundo” (Angola, Brasil, Cuba, refugiados e tudo ligado), alguma ansiedade e muita preocupação nas vésperas da apresentação do GATA na CENOURÉM, recomeço das aulas na Universidade Sénior, pelo “dia de trabalho” (frustrado) na concelhia de Ourém do PCP, a “cereja no topo do bolo” da "bomba" jornalística dessa coisa tão impossível de esconder dos “off-shore” há tanto descoberta e denunciada (por nós!, entenda-se o que se quiser por este NÓS!)  

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Encheria páginas de reflexões lentas de que estou em sofrida carência, mas as CENAS INSÓLITAS NA CIDADE FURTIVA estão a impedir-me de reflectir com os dedos a correr sobre as teclas, e ainda menos lentamente.
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Mas vou aproveitar esta pequena (e  teatral) pausa nas coisas do teatro para anotar duas observações sobre esta pretensamente bombástica questão dos panamá papers. observações que nem chegam a reflexão, mas que o serão... quando tiver disponibilidade.

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Primeira, o alvo Putin – como poderia ser o alvo Dilma – (e sabe-se porquê) lembra que fraude, negócios ilícitos, branqueamento de capitais, e sei lá que mais, de “amigos seus”, e de que é culpabilizado (e não o estou a desculpabilizar ninguém de nada pois nem há acusações identificadas com esses alvo neste rol de poucas-vergonhas a saltarem da “caixa de Pandora” entre-aberta) poderia ter analogia com ter sido e ser Cavaco Silva alvo daquilo de que são acusados e/ou arguidos ex-ministros seus e seus amigos do peito.

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Segunda observação: lava-se dinheiro, foge-se ao fisco e tudo o mais, para meter no circuito monetário especulativo montanhas de “massa” (“pipas” da dita),  e então não é crime a denunciar com prioridade as “pipas de massa” que são a soma da enormidade das pequenas parcelas das nossas poupanças depositadas em bancos, dos nossos salários e reformas que se perdem nesses mesmos circuitos especulativos em que grande parte das “massas” que circulam são das massas (sem aspas!)?

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Não está aí o cerne da questão?!

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