23.05.2016
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Sai
obscenidade mordida entre dentes, repetindo a que saltou quando li o Expresso e
o seu canto superior direito!
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Procuro
iniciar rotinas programadas entre o dormir e o acordar e leio o que ouvi ontem na
televisão:
“Não há forma enviesada” de impedir reposição das 35
horas laborais
Ontem
14:49 Económico
Jerónimo
de Sousa, líder do PCP diz que “não há argumento” para impedir o que é “da mais
elementar justiça”.
O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu este domingo que “não há
argumento” ou “forma enviesada” que possa impedir a reposição, a 1 de Julho, do
horário de trabalho das 35 horas semanais na função pública, avança o
Observador que cita a Lusa.
“Não se trata de conquistar qualquer direito novo. O
que estamos a propor é que, com a mais elementar justiça, se reponha aquilo que
foi roubado, aquilo que foi tirado aos trabalhadores da administração pública”, afirmou durante um comício realizado em Baleizão,
concelho de Beja durante uma homenagem a Catarina Eufémia, assassinada há 61
anos.
As
actuais 40 horas de trabalho semanal foram impostas pelo anterior Governo
PSD/CDS-PP.
Jerónimo
de Sousa aproveitou ainda a ocasião para fazer o balanço da nova solução
governativa tendo afirmado que a mesma já trouxe “vantagens” ao país, apesar de
os resultados ainda estarem “aquém do necessário”.
“As opções do Governo do PS não integram a solução de
fundo que o país precisa para enfrentar os graves problemas com que está
confrontado, nomeadamente para responder às necessidades de crescimento
económico e do emprego, mas não subestimamos, nem desprezamos os avanços já
conseguidos”.
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Cheira-me
a enxofre.
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E
lembro como há 20 anos, no Parlamento Europeu, se votou favoravelmente um relatório
do ex-primeiro ministro francês Michel Roccard que adoptava, para a dita União Europeia,
a semana das 35 horas,
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E
lembro as lutas de 1970, antes, e quase, e logo depois de Abril de 1974, em que foi
central a questão do “tempo de trabalho”
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Como
o é sempre!
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Ou
não fosse o tempo em o trabalhador vende a sua força de trabalho e, por isso,
o tempo que não é o seu tempo de vida.
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O seu tempo - de viver, de trabalhar, de ser livre - e não o tempo em que é obrigado, pelas relações
sociais dominantes, a entregar a sua mercadoria força de trabalho a quem dela se
sirva para os seus fins... que até podem ser muito necessários e úteis.
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E
vou recuperar(-me) para as rotinas do dia a viver.
1 comentário:
Tempos difíceis,estes!E mais difíceis,quando deparamos com as regressões de direitos de quem cria a riqueza.Bjo
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