aponta mentes em quase-diário (agora chamado factos i relevâncias):
Na
abertura da “intervenção” de amanhã* irei citar as observações de 1962 de um jovem
economista de 26 anos na sua crónica na Revista de Economia – Harmonização e Internacionalismo
Político-Económico –, sobre o pedido de adesão do Reino Unido â CEE, precisamente nos 30
anos dos acordos de Ottava de 1932, criadores do “espaço Commonwealth”.
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No
final, aproveitarei a lembrança de Paul de Grauwe, último artigo no Expresso das “previsões da
primavera” da Comissão publicitadas (mas pouco) a semana passada, para
sublinhar que essas previsões estimam um crescimento económico de 1,8% para o a
União Europeia enquanto o conjunto (desconjuntado!) dos Estados-membros da zona
euro apenas irão crescer 1,6%.
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Esta
diferença apenas agravará o facto dos Estados-membros da União Europeia, no seu
todo (se se pode dizer assim), terem recuperado em 2012 o seu nível estatístico
da “riqueza das nações” de 2008 enquanto a zona euro apenas o vir a fazer (se
fizer…) este ano, isto é, com 4 anos de atraso em relação à comunidade de que
são parte…
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A
partes desiguais, e ainda mais entre/dentro em si!
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Na informação à comunicação social dessas previsões não muito primaveris , o vice-presidente da Comissão intitulado “responsável do euro e do
diálogo social” (há compatibilidade?!... ou será irresponsabilidade?) afirmou
que “o futuro crescimento dependerá cada vez mais das oportunidades que nós
próprios criarmos, o que implica a intensificação dos nossos esforços de
reforma estrutural a fim de remediar problemas de longa data de muitos países(...)”.
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E outro membro da Comissão, depois de confessar que o
crescimento previsto era “bien maigre” acrescentou que “temos ainda
muito a fazer para lutar contra a desigualdade”.
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Ah, temos, temos!
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… mas não “eles”, os que tanto têm feito pela desigualdade e as desigualdades.
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E também não se “luta contra a desigualdade” apenas com a
sua denúncia, com mais ou menos contundentes críticas aos “políticos da zona
euro” e a esperança/ilusão de que esses aprendam com os erros e passem a estimular
qb o investimento público**.
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A política que os “políticos” podem definir e executar está condicionada
pela correlação de forças sociais, e esta tem na sua raiz uma determinante relação
social que se chama capital.
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E o que se tem vivido não resulta de erros que se aprendam e corrijam
sem uma transformação real – esta sim "quanto baste"... e enquanto – na correlação de forças sociais.
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Resulta do
funcionamento da relação social matriz, como lhe é permitido pela dita correlação.
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Isto digo eu… que
tomei partido!
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* - Na UNIESTE-Universidade Intergeracional do Clube D. Estefânia-Lisboa.
** - "(...)O desempenho macroeconómico da zona euro desde 2010 continua fraco. Prometeram-nos um belo futuro na zona euro. Esse futuro não existiu. De facto, os países da União Europeia que decidiram não entrar para a zona euro portaram-se significativamente melhor do que os que aderiram à união monetária. É tempo de os políticos da zona euro aprenderem com os erros. Podem fazê-lo reconhecendo que devem estimular o investimento público. Se o fizerem aumentarão os efeitos positivos que as injeções de dinheiro do Banco Central Europeu tiveram na economia da zona euro.
Isto também tornará possível colocar a zona euro num caminho seguro de mais crescimento e cumprir as promessas que se fizeram no início da união monetária europeia." Paul de Grauwe, Professor da Universidade Católica de Lovaina, Bélgica
1 comentário:
Previsão económica muito desagradável!Quando o mar bate na rocha,quem se lixa é o mexilhão.Estou a ver que continuamos sem grandes perspectivas.Bjo
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