quarta-feira, julho 15, 2009

Os museus nas reflexões lentas... e sem compromisso

novaiorquinas16 (museus2):
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Não vou (vou tentar não ir) fixar-me muito tempo nestas reflexões sobre museus. Em Nova Iorque. Não porque não haja matéria... mas tenho tanta coisa que quero fazer!
Assim, programo (o que não quer dizer que cumpra) uma referência ao Museu da Cidade e duas ou três (ou quatro...)(*) ao MOMA, ao museu dos museus, deixando para trás, ou para quando for, o Metropolitan (e Francis Bacon), o das Artes e Design (MAD e suas "dondocas") e outros sei lá que mais.
Num deles, não sei em qual, na recepção, a Zé fez uma observação sobre os preços dos ingressos (ela... adulta, eu... senior) e teve uma resposta curiosa: aqueles preços eram de pagamento voluntário pois o museu era "sponsorizado" por privados e os pagamentos das entradas eram facultativos e funcionavam como reforços a esses mecenas. Maneira curiosa e que, ao que parece, deveria ser do conhecimento de todos porque em lado nenhum tal está escrito ou é dito. Por isso, lá deixámos o nosso patrocínio para, naquele museu, ajudar os Guggenheim de todos os tempos. Ademais, como recebi a prenda de uma t-shirt no Museu da Cidade de Nova Iorque e logo a vesti, passei a ser um visível e ambulante "sponsor" daquele museu.
Achei o museu simpático, sóbrio. com três exposições muito interessantes, em que a ascendência e influência de Amsterdam e dos holandeses na fundação da cidade e na sua evolução é muito sublinhada.
Da visita, para as reflexões, guardei duas frases em que tropecei.
Uma, que foi a única que encontrei ao 11 de Setembro e às "torres gémeas", e em que, como legenda de uma fotografia da cidade, se diz, como procuro traduzir de memória e fielmente: os terroristas destruiram as torres em 2001, agora há que reconstruir e que essa reconstrução promova a passagem do negócio à abertura ao porto e ao lazer (leisure).
A outra frase é de Lincoln (e desta tive todo o tempo para traduzir, sentado num banco, a repousar as cansadas pernas, e vendo-a inscrita, gravada, no arco da escadaria em frente): "Gosto de ver um homem orgulhoso do lugar em que vive. Gosto de ver um homem viver de maneira a que o lugar onde vive tenha orgulho dele".
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(*) - isto é que é programação...

1 comentário:

Maria disse...

Vê lá o que é que vais patrocinar noutras eventuais viagens...
:))))
Já disse aqui que NY não me seduz. Afligem-me os edifícios muito altos e a quantidade de betão. Mas as tuas crónicas estão a começar a fazer-me comichões...

Abraço