segunda-feira, julho 06, 2009

Reflexões lentas... sem compromisso mas teimosas

novaiorquinas10:
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Um tempo excelente, um dia de aniversário, um cruzeiro de quase três horas ao redor de Manhattan, com vistas impressionantes e belas (umas belas, outras impressionantes, outras ainda ambas as coisas), um almoço amigo, familiar, festivo, um bom pedaço da tarde no Central Park no meio de gente vivendo despreocupadamente o seu domingo com passeio, música, pic-nics, convívio... dá para reflectir? Aí, dá, dá!
Tudo dá para reflectir quando tudo dá para reflectir. E dá inevitavelmente se se passam essas quase três horas do cruzeiro a ouvir um óptimo profissional a acompanhar o que se ia vendo com informações, comentários, ditos e graças.


É verdade que o "meu inglês" é fraco, muito fraquinho, o "inglês dele" é "americano" - apesar de uma boa colocação e clareza de voz -, e que eu não estava muito predisposto, para não dizer nada predisposto, a fazer grandes esforços de atenção (e tradução). Mas o que ouvi e percebi chegou.


O homem era mesmo um bom profissional. Estava informado sobre o que falava, sabia dizê-lo com convicção. Do tal pouco que ouvi e percebi, uma repetição começou a arranhar-me os ouvidos: a do vocábulo "biggest" - pontes, prédios, negócios, quilómetros, dólares, tempos,, esforços para a paz, jogadores de basebol e de basquete, sei lá... tudo - inevitavelmente seguido de "in the world".


Retive a informação sobre uma das "biggest" fortunas feitas por um jovem que começou, aos 16 anos, a transportar pessoas - um tal Van der Bilt - e, depois, a construir e a fazer fábricas e a criar universidades... acho eu. Tempos que lá vão em que se faziam fortunas - das "biggest in the world" - a fazer coisas com alguma utilidade como transportar, investir em fábricas e em construção. Agora fazem-se (e desfazem-se, concentrando-se) in "casinos da finança" e off qualquer coisa.


Claro que não me estragou o dia. Nada. Nem me surpreendeu, a não ser pela qualidade de algumas informações históricas, neutras (se as há...), mas para aqui só trago reflexões. Lentas. Como a que me assaltou sobre a megalomania sem limites e a irresistível vontade que provocam de lhes fazer "baixar a crista".


Além da mensagem que daria para rir, se não fosse matraqueada para se tornar indiscutível, consensual, que se pode traduzir no significado da Estátua da Liberdade se confundir com o símbolo de Democracia, na sua única forma. Esta, como se democracia fosse...

3 comentários:

Anónimo disse...

Coitada da figura! Já perdeu, há muito tempo, o atributo, agora é só estátua.
O Charles Chaplin soube entender e transmitir a mensagem.
Mais uma reflexão,profunda e subtil, acompanhada de uma bela foto.
Monty, tens que ter peciência porque vale a pena.

Campaniça

duarte disse...

ELES SEMPRE FORAM OS BIGGEST. SE AQUI HÁ LADRÕES, ELES TÊM BIGGEST.
NO QUE DIZ RESPEITO A BAIRROS PROBLEMÁTICOS, TB ESTÃO NOS BIGGEST.EM RELAÇÃO A CRISES FINANCEIRAS, SÃO , SEM SOMBRA DE DÚVIDAS ,OS BIGGEST. ELES SÃO BIGGEST EM TUDO ,ATÉ NA PREPOTENCIA...
SE BORDALO PINHEIRO AINDA CÁ ESTIVESSE, PODIA EXPORTAR UNS BIGGEST...
tanta pachorra!!!
abraço do vale

samuel disse...

O guia seria então uma espécie de "Selecções do Biggest Digest"?

Abraço.