quarta-feira, junho 23, 2010

Reflexões lentas - o serviço público e as empresas - 2

Que esperam – e desejam – as pessoas, aquelas a quem chamam “cidadão comum”, de entidades ou empresas como a EDP, a AdP, a PT, os CTT?
Que, nas suas actividades, dêem total prioridade, senão exclusividade, ao fornecimento de electricidade, de água, de energia, de condições de comunicação, que lhes satisfaçam essas necessidades adequadamente ao desenvolvimento alcançado pelas forças produtivas.
E, na generalidade, pouco lhes importará, ao cidadão comum, que tais entidades, empresas, ou seja lá o que forem, sejam públicas ou privadas, tenham esta ou aquela forma jurídica. O que poderá ilustrar o atraso na tomada de consciência, por vezes um recuo no caminho para a consciência da necessidade.
O que esperam – e desejam –, os cidadãos comuns, é que essas entidades lhes prestem o serviço público que, presumem, estará na sua razão social.
No entanto, quem olha para os relatórios e outros documentos de tais entidades, fica surpreso. É verdade que está lá a dita razão social, embora nalguns casos não muito explicita..., mas revelam-se, sobretudo, estruturas, corpos que actuam em… áreas de negócio! Porque a sua actual configuração, ou aquela para que o sistema de relações sociais as empurra – e as justifica… porque tudo o resto não teria justificação ou razão de ser – dá prioridade, não ao fornecimento de água, de luz, de electricidade, de energia, à criação de condições de comunicação entre os cidadãos, mas sim ao modo como contribuem para a acumulação de capital-financeiro. Em algumas poucas mãos. Para isso, entrando em intrincados jogos (ou "engenharias")… financeiros, endividando-se(-nos)

Irei ilustrar com alguns casos

2 comentários:

Graciete Rietsch disse...

É um comportamento péssimo de um governo que se diz socialista.
Os serviços públicos e básicos, neles incluindo a educação e a saúde, não podem ser nunca uma fonte de rendimento.
Um beijo.

Antuã disse...

Tudo serve para nos roubar.