Leitor semanal do Expresso - e não por masoquismo... - nem sempre posso ler tudo, todos os cadernos e todo o Mirante, mas há coisas que são "paragem obrigatória" e, nalgumas semanas, há "novidades" que me retém.
Deixando para mais tarde, se possível..., outros comentários - como sobre o países como nós, nesta semana confrontando Portugal com a República Checa -, li, com interesse, em História, um texto sobre A primavera dos povos.
E achei muito significativo que, sendo o trabalho dedicado ao ano (louco) de 1848, a autora consiga não referir Marx, Engels e o Manifesto do Partido Comunista, 1ª edição: publicado nesse ano, em Fevereiro, por "encomenda" e, evidentemente, resultante e influenciando o ambiente revolucionário de que se pretendia fazer reportagem.
Dir-se-á que se tratava disso mesmo, de uma reportagem, pelo que se prevaleciam os factos e não coisas como referência a autores ou livros. Mas esse argumento não colhe, até porque se cita H.G.Wells e E.H.Gombrich e, na cronologia, a publicação do Manifesto é uma "branca" esclarecedora.
Esclarecedora de quê? Do que é a luta de classes, e de como publicações como o Expresso nasceram e vivem tomando partido, claramente mas sem o declararem por se colocarem na posição... de que não há classes mas estão ao serviço de uma.
.
Assim se trata a História como passado, o vivido como morto, e não o histórico como hoje, ou o histórico como o que está no que somos hoje.
1 comentário:
De facto há brancas esclarecedoras ou então fugas para a verdade como ,por exemplo, aquela em que alguém comentava que manifestações espontâneas como a do dia 12 é que eram importantes mas, confrontado com a hipótese de ter havido uma organização do BE, já achou muito bem.
Cá para mim creio que essa organização desorganizada partiu
de vários sectores.
Um beijo.
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