.
Querendo dizer as palavras definitivas, diz-se que Portugal faliu, ou que está em falência. O uso desta linguagem não é inocente. Tem, por detrás, a assimilação de um País (aliás, de tudo) a uma empresa. E uma empresa vai à falência, há uma administação de falência... essas coisas que conheço mal, e uma empresa dissolve-se, extingue-se. Um País, não!
Já o disse, já o escrevi. Voltarei a dizê-lo, e a escrevê-lo as vezes que entender necessário. Um País não é uma empresa!
Quantas vezes já teria falido Portugal, ao longo da sua longa história, se um País fosse à falência?
Curiosamente estou a ler, à boleia de leituras sobre Cesário Verde (Helder Macedo), coisas sobre a segunda metade do século XIX português, particularmente as décadas finais, e textos ou excertos de Oliveira Martins, e quase apetece perguntar como é que é possível que Portugal exista, com uma tal História, se bem que romanceada. E não por assimilação abusiva a uma empresa, como é hoje o uso e abuso.
8 comentários:
Também... é preciso compreender alguns desses idiotas. Para eles, tudo é uma empresa. Não têm outra cultura. Não têm mais cultura. E sim, esses estão falidos.
Abraço (depois de uma viagem entre Restauradores e Montemor).
Eles falam de empresas como quem bebe água em dia quente de Verão.
Portugal subsiste porque há quem lute sem pensar nos lucros resuultantes da gestão do País-Empresa.
Um beijo.
Pobre país o nosso!
Nunca pensei voltar a ver tanta desgraça, vilanagem, tanta injustiça, tanto desânimo.
Ontem como hoje não desistimos e a Luta é o Caminho!
Bjs,
GR
Não é uma empresa, nem uma corrida de cavalos... tipo, agora aposto neste, mais logo naquele...
O dizer que Portugal está a ir à falência também tem um peso psicológico muito grande a nível do estado de espírito das pessoas, não é verdade?
Que acham da insistência de Santana Lopes, em procurar envolver o nosso partido numa coligação governamental?
Penso que a actual situação económica gravissima que o país atravessa, não só precisa como exige um entendimento bastante alargado, mas não deixo de ter um certo receio de que tal atitude e missão patriótica, possa criar alguma incompreensão nos militantes e particularmente nos trabalhadores, dado que as politicas que obrigatóriamente vão ser necessárias tomar para recuperar e relançar a economia ainda criarão mais injustiça social.
Bem hajam
Ana Carla Sarmento
E a Islândia?
Porque será que a comunicação social já quase não fala dela?
http://www.ionline.pt/conteudo/113267-islandia-o-povo-e-quem-mais-ordena-e-ja-tirou-o-pais-da-recessao
Dava um bom caso de estudo!
Um abraço Camarada desde Vila do Conde,
Jorge
Enviar um comentário