Mal por mal?

Para português ler:

«A. Introdução e perspecivas macroeconómicas

1. A economia portuguesa enfrenta desafios consideráveis. Os indicadores de competitividade estão em baixa, o crescimento anémico e o défice da balança corrente anda na ordem dos 10% do PIB. A crise global expôs a fragilidadade orçamental e financeira com uma dívida em torno dos 90% do PIB e no final de 2010 a dívida do sector privado estava na ordem dos 260% do PIB. A banca que financiou este défice tem o maior rácio crédito/depósitos na Europa.»

(isto é apenas o nº 1 de um documento de 18 páginas do chamado "acordo" entre as troikas)

Para tentar entender:

crescimento anémico - porque não se aproveitam os recursos que temos, porque se financiou o abandono do mar, o pousio na agricultura, o encerramento de estaleiros, siderurgia e outras actividades da economia produtiva.

défice da balança corrente - principalmente porque se importa mais do que se exporta, porque não aproveitam os nossos recursos (ou outros os aproveitam para os exportarem, inclusivépara nós), porque temos défice alimentar, entre outros por termos abdicado da nossa soberania alimentar.

dívida do sector público em torno dos 90% do PIB e (como está sublinhado) dívida do sector privado na ordem dos 260% do PIB - como já o sabíamos e temos salientado insistentemente - sem necessidade de vinda desses conceituados (e bem pagos por nós!) técnicos... - um peso predominante da dívida do sector privado relativamente à dívida total.

défice financiado pela banca que concedeu crédito muito para além dos seus depósitos (o mais alto ratio na "Europa") - crédito que é negócio da banca, que o facultou aliciando privados, compensando baixos salários que não possibilitam acesso a nível de vida oferecido em promessas e imagens.