«(...) Nos seus poucos meses de governação, Passos Coelho e Paulo Portas deram início àquela que é, como o PCP tem sublinhado insistentemente, a maior e a mais grave ofensiva contra os trabalhadores e o povo desde o 25 de Abril de 1974: roubos nos salários e nas pensões e reformas; assalto ao subsídio de Natal; ataques brutais aos direitos dos trabalhadores e às prestações sociais; aumento de impostos sobre o trabalho e o consumo popular; cortes drásticos no investimento; aumento brutal de serviços públicos essenciais, como a Saúde, a Educação, os transportes, as portagens; alienação de património nacional, com a privatização do que resta do sector público a preços de amigo para o grande capital nacional e internacional; desvio de volumosos recursos para cobrir os interesses, os desmandos e as negociatas do sector financeiro – enfim, uma vaga avassaladora de medidas concretizadas, em vias de concretização, ou anunciadas, que constituem uma autêntica declaração de guerra aos interesses e direitos da imensa maioria dos portugueses, e que vêm no seguimento e no mesmo sentido das que o governo do PS havia tomado, designadamente com os seus famigerados PEC.
(...)
«Tudo isto confere acrescida importância à luta das massas trabalhadoras e populares, caminho indispensável para alterar a situação existente e para conquistar uma política de sentido oposto àquela que conduziu o País ao estado dramático em que se encontra – uma política patriótica e de esquerda.
Com a luta – dando a devida continuidade à histórica greve geral de 24 de Novembro – é possível resistir e vencer esta política de afundamento do País.
Com a luta – envolvendo as massas trabalhadoras, as populações, os democratas e patriotas – é possível rejeitar o pacto de agressão, impor a imediata renegociação da dívida pública.
Com a luta – demonstrando que a greve geral foi um importante ponto de passagem para os combates do futuro imediato – é possível construir a política alternativa e a alternativa política necessárias e iniciar a resolução dos muitos e graves problemas que sufocam Portugal e os portugueses.
Com a luta – nas empresas e locais de trabalho, nas escolas, nos campos, nas ruas – é possível conquistar a política de que Portugal e os portugueses precisam.
Porque com a luta não há impossíveis – e é pela luta que lá vamos.»
2 comentários:
Sem luta seremps destroçados!!!!!
Um beijo.
Se com luta eles agridem sem dó,nem piedade,o que fariam se ficássemos à espera dos nossos direitos?...
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