Hoje é o dia.
O Governo e o Banco de
Portugal vão anunciar esta noite a solução para a recapitalização do Banco
Espírito Santo (BES), que deverá passar por uma injecção superior a três mil
milhões de euros por parte do Fundo de Resolução.
do sapo
&-----&-----&
Hoje, apesar de ser domingo, será o dia (de agora) em que o Governo
e BdeP nos irão dizer qual será a forma – com que excipientes – que se
utilizará para que o povo português… engula mais este sapo.
&-----&-----&
Hoje, o governo deste “Estado garantidor” irá anunciar-nos,
em parelha com a entidade reguladora e supervisora (“a independência dentro do
governo”), como virá evitar a falência de um banco, tendo como maior (quiçá
única) preocupação acautelar males maiores… para os depositantes, obviamente
(dirão eles).
&-----&-----&
Num dos primeiros comentários a jeito de desabafos com que
acompanhei o desenvolvimento-explosão do caso Ricardo Salgado-BES, pedia (é
como quem diz…) que não me falassem mais em nomes, de pessoas ou de
instituições, mas no que elas representavam como peças de um sistema.
&-----&-----&
Claro que o “pedido” não foi sequer ouvido e, se ouvido, nunca
seria atendido.
&-----&-----&
No entanto, teimoso que sou, se comecei por pedir (é como quem
diz…) para falarem menos de Ricardo Salgado & família e mais da banca no
que chamei CFT (capitalismo financeiro transnacional), agora peço que menos se
avalie (ou julgue) Carlos Costa e mais se denuncie o que é, e para que serve, a
regulação e supervisão enquanto parte do Estado garantidor em que
vivemos.
&-----&-----&
&-----&-----&
Por isso, neste dia, e para os dias de agora (e para o
anónimo), apenas faço três ou quatro citações que dizem muito mais
e melhor do que eu poderia escrever neste dia de hoje, enquanto espero, sem pinga
de ansiedade, a transmissão da decisão anunciada.
&-----&-----&
“A regulação é uma falácia”.
&-----&-----&
“… é de admitir que estejamos aqui perante uma intervenção do estado garantidor (cuja
função é garantir a “boa vida” das grandes empresas, anulando os riscos do negócio…
porque elas não podem falir…). O estado
capitalista, como estado de classe, é isto
mesmo (…) abriu caminho a todas as práticas irresponsáveis e criminosas dos ‘especuladores’
estão agora a ganhar dinheiros conseguindo fazer prevalecer a ideia de que a única
saída para a crise reside na intervenção
do estado para obrigar os trabalhadores a pagar a crise…”
&-----&-----&
Só mais uma (para voltar à leitura domingueira…):
“… é necessário assumir que este é tempo de resistência, a começar pela
resistência no terreno da luta ideológica.”
Sem comentários:
Enviar um comentário