Na maratona de ontem, na AR, houve coisas que se ficaram a saber e outras que se ficou a saber que não se podem saber. Houve clarificação de posições.
Naquela frente de uma luta muito mais larga, foi reconfortante verificar que... valeu a pena resistir, que vale a pena batermo-nos onde e como, tantas vezes, também em confronto com o desalento, a desesperança, a resignação (ainda que cheia de... indignação), com o "não vale a pena". Vale bem a pena, valem bem todas as penas!
Para já, e em "resumo resumidíssimo do resumo", deixo o que retive da esclarecedora intervenção de uma deputada do CDS-PP, quase no final da audição com o governador do Banco de Portugal (o dito cujo que nos deu a informação - também esclarecedora - de que o sistema bancário português esteve no fio da navalha):
"todos criticaram a posição tomada no fim-de-semana (por quem?, pelo "regulador" nacional?, pelo conjunto de "reguladores europeus"?, pelo governo/Estado português?, por "Bruxelas"?, por todos ao molhe e com fé em deus-mercado?), mas não houve quem apresentasse uma alternativa... com excepção do Partido Comunista!..."
E disse-o (não-sic) com algum incontido respeito e (claro...) desacordo e receio.
Pois é! O capitalismo está no beco sem saída que construiu. Num beco com grandes muros em frente. Recuar não lhe é possível, rebentar os muros assemelha-se a suicídio. Alternantes não são alternativa.
A alternativa está em quem defende a valorização do Estado e do serviço público, em quem combate o egoísmo fruto do individualismo levado ao paroxismo do desprezo pelo outro, da utilização do outro, está na nacionalização ao serviço de todos do que deve estar ao serviço de todos.
Assim sejamos capazes de transformar o que começa a ser conclusão de debates (de quaisquer debates) em consciência colectiva!
6 comentários:
Uns dias antes do fim-de-semana, João Oliveira disse que era necessário nacionalizar e pôr os accionistas a responderem com os seus bens. Li-o no DN. Mas nada disse vi nas televisões.
Perante o anúncio do fim-de-semana, Agostinho Lopes interveio lendo declaração do PCP não tendo sido destacados nas televisões o nacionalizar e pôr os accionistas a pagar.
Parece que mais vale dar só o sound bite, que os jornalistas das televisões têm dificuldade em catar e transmitir o que era o mais importante que as pessoas deviam retirar da mensagem: nacionalizar (na realidade, expropriar) e pôr os accionistas a pagar.
Há que confiscar o que os ladrões de gravata roubaram durante muitos anos ao nosso povo.
Meus caros,
Há que...
Sobretudo há que lutar, informando e há que informar, lutando. Sem prazo... sem horário de trabalho.
Quanto à "comunicação social", ela reflecte a correlação de forças.
Há que... a alterar.
Abraços
A comunicação social está nas mãos dos grandes capitalistas e os ditos "jornalistas" são moços de recados.
Completamente de acordo com o sublinhado,camarada!
Um beijo
Todos ralham e nenhum tem razão. Culpados são todos eles. Mas alternativas existem que, tenho a certeza, se concretizarão. Não já para mim, mas para Portugal.
Um beijo.
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