segunda-feira, agosto 04, 2014

Vamos lá a ver se (não) nos entendemos – exercício

Porque se avalia que o momento é histórico (como todos) e transcendente (como só alguns), apesar de não ter importância alguma porque a História seria a mesma (e decerto diferente) se o momento tivesse sido vivido de outra maneira, tente(ie)-se entender, exemplificando, o que não é entendível nem por via de exemplos simples.

Uma empresa A é/são os seus proprietários (accionistas ou quotistas) mais o seu património mais os seus trabalhadores mais os seus clientes. Essa empresa A chegou a uma situação tão anómala, resultado de actos de gestão fraudulenta e criminosa, que obrigou – necessária e/ou inadiavelmente – a que “regulador” e “garantidor” (internos e externos em cujas barbas tudo se passou) do sistema, tomassem uma “resolução”. Que foi a de se criar uma empresa nova, novo A, com novos proprietários (que não se sabe quais serão… pelo que haverá transitórios proprietários por tempo intransitável), empresa que não será A mas que terá tudo o resto de A (património, trabalhadores, clientes) expurgado do que terá passado a ser “problemático” (o que é definição indefinida, nebulosa, opaca…), que fica na empresa A que continuará a ser A mas já não será A.

Simples? Claro (como água) para quem tiver uma “abordagem dialéctica” perfeita (que não há quem) destas coisas e, por isso, muito complicado. Para todos, ou para todo o mundo e ninguém.

O que é certo (?) é que se deu um passo de dita – e abençoada por Bruxelas e Frankfurt(o) – “resolução”, que não resolverá nada embora momentaneamente pareça que sim… e o que parece é. Assim será até que se abra uma porta de saída nesta organização do mundo que não tem janelas nem portas. Porta aberta (a abrir) pela chave da “dialéctica” e gazua do “materialismo”. Como nos ensina o “materialismo” e o “histórico”, ou seja, o vivido. Por todos, por todos os séculos. Ámen.

publique-se!
não por estar acabado 
mas por haver (sempre) pressa em
 chegar aos outros

3 comentários:

Justine disse...

Começa a ficar um pouco mais claro -mas nem por isso...ah, a dialética!
O mais importante, parece-me, são as conclusões que tiras, e com as quais concordo inteiramente.

Graciete Rietsch disse...

Difícil de compreender, é. Mas acalma momentaneamente os ânimos.
E as pessoas continuam"(in)felizes" à espera, à espera...

Um beijo.

Olinda disse...

Tudo muito complicado.Mas a intencao ë ,tambêm,essa.O sistema tapa-buracos,mais cedo ou mais tarde cai-nos em cima.O sistema bancârio ê como um jogo de domino empinado,quando cai uma peca...

Um beijo