02.08.2014
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Assim acordei para mais um dia de agora.
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Cedo – apesar da tardia “deita” – e cheio de projectos de escrita,
de “passar ao papel” milhentas reflexões formuladas em frases que soam bem na
cabeça e que, tantas vezes, perdem viço ao escrita(s) serem.
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Acordei cedo e “acompanhado” carinhosamente pelo Mounti, não para a
matinal canção do Coro da Primavera do Zeca mas para a matinal contagem
dos ossos que se oferecem à dolorosa revista, retomando recente metáfora que,
ao que parece, me agradou e que não estará mal de todo.
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São muitos os ossos que, talvez cansados de tantas décadas de
silêncio e desprezo - em que era como se não existissem - se apresentam todas as
manhãs.
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E há, cada manhã, sempre novos ossos que se vêm juntar ao rol para a
contagem e atino.
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Manhã cinzenta e chuvosa, embora com promessas, e que começou com
manifestações de muita ternura do Mounti, que não me larga e ali dorme no sofá
perto da secretária.
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Um dia em que serei mais um ser humano dos centenas de
milhões (quase 7 mil milhões) que partilhamos este mesmo tempo.
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Cada um de nós com os seus problemas – e a sua vida, e os seus
ossos e ócios –, assim somos enquanto somos, agora, nestes dias que nos calhou
vivermos.
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Por isso, de degrau em degrau, essas vivências individuais coexistem
e por isso os problemas de cada um passam a problemas de dois, de família, de
grupo, de colectivos, de classe, do mundo que vivemos e em que somos ínfima parte dos seres
humanos vivos.
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(g’anda tirada!… mas que estava muito melhor formulada no
“rascunho” com que acordei)
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Assim chego ao degrau cimeiro (ou mais subterrâneo)… do mundo a “mundar”
muito e, até, brutalmente.
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Com muito lamentável relevo para a situação em Gaza,
verdadeiramente de horror pela desumanidade a coberto, ou com a tolerância
demagogicamente reticente da chamada “comunidade internacional” e com
intervenções de uma personalidade como Obama, Prémio Nobel da Paz (!), que justificariam
qualquer prémio universal e intemporal da hipocrisia (com forte concorrente no
seu secretário nos negócios estrangeiros).
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Mas, agora e aqui, fique só mais um registo e mais um brado, tão
inaudível como insubstituível, de BASTA!
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Agora e aqui – e isto anda tudo ligado! – refira o lançamento do
IDH para 2014 pelo PNUD.
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Todos os anos o aguardo como o carpinteiro aguarda a madeira, ou o
serralheiro o aço, ou o pedreiro o cimento, ou o contabilista os documentos, o
fotógrafo os/as modelos (ou os casamentos e batizados).
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Este
ano veio mais tarde, depois de uns hiatos, mas, apesar de alguma
irregularidade, lá vêm sendo publicados (e públicos) os relatórios do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento com o seu indicador que há 30 anos vem
corrigindo (sempre precariamente como é inevitável) a estrita e estreita
representação monetária da realidade.
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Começam tais relatórios (e seu IDH-índicador de desenvolvimento
humano porque integra dados sobre saúde e educação, sempre, e outros) a ter
algum tratamento e aproveitamento.
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Pelo meu lado, todos os anos, neste blog e noutras paragens procuro
repercutir informações que me parecem importantes, e anoto, com satisfação, que
o último avante! dá relevo à sua apresentação deste ano, no Japão
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Com uma referência oportuna e pertinente no espaço de opinião preenchido com um actual do Ângelo Alves (O capitalismo mata!) e este trabalho da redacção.
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A estas informações voltarei ainda hoje, porque há muitas outras coisas
a dizer, apesar de ainda não ter tido acesso ao relatório, mas apenas aos anexos
estatísticos gerais.
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Que já muito dizem.
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Que já muito dizem.
1 comentário:
A mim não me interessa o dinheiro que está sempre na mão dos mesmos. O que interssa é a nutrição, educação, saúde, habitação, segurança socia e cul5tura dos povos.
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