Tudo isto seria ridículo se não fosse dramático.
Um grupo de senhores (e de senhoras, evidentemente), a coberto – ou com a cobertura – de terem sido eleitos nos seus países de origem, reúnem-se várias vezes, telefonam-se, e usam outros meios de comunicação, para entre si repartirem os lugares que foram criados – e que eles vão criando - nas “instâncias comunitárias”, ou para-“comunitárias”, ou seja, da dita União Europeia.
De Maio para cá, na sequência das eleições para o Parlamento dito Europeu, tem sido um desatino.
Primeiro foi a escolha do Presidente da Comissão. Que, aliás, já tinha sido alvo de prévias e profundas negociações “entre eles”, com o constrangimento da espera dos resultados da consulta eleitoral. Que apenas constrangiram mas não alteraram nada. Lá está o sr. Juncker!
E, estando o sr. Juncker, passou a ser o que já era, peça ainda mais influente para as restantes escolhas. Com a sua afirmada vontade de presenças femininas na “equipa”... para valorizar a aparência democrática paritária.
Os de cá entraram, evidentemente, no jogo. Como peões obedientes no jogo que tem cabeças e mãozinhas de fora (do capital financeiro transnacional) a mexer as disciplinadas peças (algumas tanto que só obedientes).
Nesta "altura do campeonato", esgotado o prazo que seria do final do mês de Julho, temos três notícias para reproduzir, com o sublinhado – para dar um toque “português” ao ridículo das situações – do calendário de anúncio de quem seria o “ “comissário/a” de cá promovido para lá. Ontem, do Conselho de Ministros veio o porta-voz (que ministro é) dizer que o primeiro deles ministros fora mandatado para, no final do dia, dizer, aos portugueses, qual seria o nome português escolhido para a Comissão; como segundo acto da pantomina, veio o anúncio do adiamento do anúncio para hoje… porque era preciso acertar umas coisas com o sr. Juncker (à margem do Conselho de Ministros e do anúncio aos portugueses; hoje, de manhã, o anúncio “sapada” de que é Moedas o escolhido (e assalta a ideia de "moeda de troca"!). Ora aí está (com mais duas notícias):
1.
(sapo)
Carlos Moedas escolhido
para comissário europeu (Económico)
O Governo escolheu Carlos Moedas
para ser o próximo comissário português em Bruxelas. A informação foi avançada
pela agência Lusa, que cita fonte do gabinete do primeiro-ministro.
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2.
(Voz da Rússia)
Itália apresenta
candidatura
de Mogherini para chefe da diplomacia europeia
de Mogherini para chefe da diplomacia europeia
Foto: East News
O premiê da Itália,
Matteo Renzi, apresentou oficialmente a candidatura da ministra das Relações
Exteriores do seu governo, Federica Mogherini, para o cargo de alto
representante da União Europeia para a Política Externa e Política de
Segurança, assim como para o cargo de vice-presidente da Comissão Europeia.
De acordo com a
informação à disposição da mídia local, depois da reunião do Conselho de
Ministros da Itália, realizada quinta-feira à noite, Renzi enviou a respectiva
carta ao novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Na sua reunião de
cúpula de 16 de julho, em Bruxelas, os dirigentes dos países-membros da União
Europeia não conseguiram chegar ao acordo a respeito das candidaturas para os
postos de chefe do Conselho Europeu e do dirigente da diplomacia europeia.
Muitos órgãos da mídia ocidental informaram na ocasião que a apresentação da
candidatura de Mogherini para o cargo de alto representante da União Europeia
para a Política Externa e de Segurança acarretou sérias divergências durante a
reunião de cúpula. Alguns países do leste da Europa, em primeiro lugar a
Polônia e os Países Bálticos, consideram que a sua atitude para com a Rússia é
demasiado benévola.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_01/It-lia-apresenta-candidatura-de-Mogherini-para-chancelera-da-Uni-o-Europeia-8139/
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_01/It-lia-apresenta-candidatura-de-Mogherini-para-chancelera-da-Uni-o-Europeia-8139/
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O final de Julho era o prazo-limite
apontado para os 28 Estados-membros designarem os elementos da nova Comissão
Europeia (CE), que será liderada pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker.
Nem todos os nomes são conhecidos e
a distribuição de pastas ainda não foi definida. As da economia, mercado
interno, concorrência, comércio e energia são algumas das mais cobiçadas.
O processo de distribuição dos
lugares na CE vai integrar-se num "quebra-cabeças" mais amplo, que
incluindo a nomeação do presidente do Conselho Europeu, de um chefe de política
externa e de um presidente do Eurogrupo, o conjunto dos ministros das Finanças
Zona Euro.
A 30 de Agosto, o processo deverá
estar concluído. O novo colégio será, então, avaliado pelo Parlamento Europeu,
que mantém sessões individuais de confirmação, mas só pode aprovar ou rejeitar
a nova equipa da CE em bloco.
A agência Reuters elaborou a seguinte lista de nomeados para a nova CE:
A agência Reuters elaborou a seguinte lista de nomeados para a nova CE:
Áustria: Johannes Hahn, actual comissário da Política Regional.
Bélgica: ainda não há decisão.
Reino Unido: Jonathan Hill, antigo líder da Câmara dos Lordes.
Bulgária: Kristalina Georgieva, actual comissária, é apontada como possível candidata à chefia da Política Externa.
Reino Unido: Jonathan Hill, antigo líder da Câmara dos Lordes.
Bulgária: Kristalina Georgieva, actual comissária, é apontada como possível candidata à chefia da Política Externa.
Croácia: Neven Mimica, actual comissário da Defesa do Consumidor .
Chipre: Christos Stylianides , porta-voz do antigo governo.
República Checa: Vera Jourova, actual ministro do Desenvolvimento.
Dinamarca: nenhum candidato anunciado.
Estónia: Andrus Ansip, ex-primeiro ministro.
Finlândia: Jyrki Katainen, ex-primeiro ministro e
actual comissário de Economia, deverá permanecer na CE, mas noutro
pasta.
França: Pierre Moscovici , antigo ministro das Finanças. Pretende pasta forte na áera económica.
França: Pierre Moscovici , antigo ministro das Finanças. Pretende pasta forte na áera económica.
Alemanha: Guenther Oettinger, comissário da Energia.
Grécia: Dimitris Avramopoulos, ministro da Defesa.
Grécia: Dimitris Avramopoulos, ministro da Defesa.
Hungria: Tibor Navracsics, ninistro dos Negócios Estrangeiros.
Itália: Federica Mogherini, ministra dos Negócios Estrangeiros. É
apontada como candidata à chefia da Política Externa..
Irlanda: Phil Hogan, ministro do Ambiente.
Letónia: Valdis Dombrovskis, ex-primeiro ministro.
Lituânia: Vytenis Povilas Andriukaitis, ministro da Saúde.
Luxemburgo: Jean-Claude Juncker.
Malta: Karmenu Vella, ex-ministro do turismo.
Holanda: ainda não há decisão. Jeroen Dijsselbloem, ministro das
Finanças, e Frans Timmermans, ministro dos Negócios Estrangeiros, são nomes
apontados.
Polónia: Radek Sikorski , ministro dos Negócios Estrangeiros. Tem ambições à chefia da Política Externa.
Portugal: Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.
Polónia: Radek Sikorski , ministro dos Negócios Estrangeiros. Tem ambições à chefia da Política Externa.
Portugal: Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.
Roménia: Dacian Ciolos, actual comissário da Agricultura.
Eslovénia: nenhum candidato conhecido.
Eslováquia: Maros Sefcovic, actual aomissário da Cooperação.
Espanha: Miguel Arias Cañete, ex-ministro da Agricultura.
Suécia: Cecilia Malmstrom, actual comissário dos Assuntos
Internos.
5 comentários:
Ainda não conhecemos os nomes da quadrilha toda.
Lá vai Portugal ficar com mais faltas de moedas!
Um nojo!
Coitadinho,vai fazer o sacrificio de
ir ganhar 20 mil euros e mais uns trocos e nós o povo ainda desancamos
neles!
Todos familiares do GRANDE CAPITAL.
Um beijo.
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