Enquanto percorria distância entre o Zambujal e a Atalaia (para uma querida tarefa) ouvia n vezes o 1º ministro português repetir um refrão quase cantado: "uma economia verde, inclusiva, digitalizada" e me ia perguntando o que quereria isto dizer ao esconder o que era preciso ser dito.
Verde? ... indo ao encontro dos ambientalista (dos verdadeiros e dos falsos);
inclusiva?... aceitando as desigualdades, inevitavelmente incluídas nas dinâmicas dominantes, disfarçando-as com tardias, regateadas, aparentes e endividadoras "ajudas";
digitalizada? ... isto é, "modernaça", aplicando conquistas do ser humano ao serviço de uns seres humanos para explorarem outros seres humanos, mantidos até quando, e como possível, no desconhecimento, na ignorância agradecida pelos milhares de milhões que, se não chegarem, se podem transformar em milhões de milhões de uma coisa que dê a ilusão que é uma coisa ou que poderá transformar-se em coisas.
1 comentário:
Também eu tenho andado com esta frase na cabeça. À primeira vista parece mágica; uma espécie de "abre-te Sésamo" ou "abracadabra"... mas como fazer com que a realidade encaixe nela? Nem Houdini seria capaz de conseguir tal proeza...
Abraço
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