Hoje é o dia nacional do mar.
Ouvir-se-ão hosanas ao MAR (oh! mar salgado/quanto do teu sal/são lágrimas de Portugal...), particularmente oportunas neste momento em que a informação nos inunda de preocupações ambiento/ecológicas.
Não resisto a duas observações
1. toda a informação que nos invade, submerge, afoga, passa ao largo, ou diminui a que poderia ir às razões das justas preocupações com o futuro do Planeta Terra, ataca-se tudo, e o mesmo é dizer que nada se ataca se se esquece que as desigualdades que tornam as vítimas da situação que se vive em travões a propostas de remendos, são provocadas por um sistema social baseado nessas desigualdades e no aproveitamento ferozmente egoísta e criminosamente predador do ambiente. "O capitalismo não é verde".
2. Com risco de parecer pretensioso auto-citador, não resisto a trazer para aqui (a esta "folhinha de couve") a lembrança da minha última intervenção no Parlamento Europeu.
Em 2004, beneficiando de alguma experiência naquela tarefa, "ganhei" um relatório sobre a protecção dos recifes de coral. Com ajudas preciosas - de especialistas, como Cadima e Valdez , e da Universidade dos Açores-Faial -, elaborei um relatório em que se comprovava a necessidade de defender esses recifes como viveiros de peixes, e indispensáveis para uma equilibrada pesca costeira contra a verdadeiramente devastadora pesca de arrasto, em que grandes embarcações destroem viveiros.
Na discussão do meu relatório tive forte oposição de deputados de países e interesses que defendiam a pesca industrial de arrasto, mas o relatório foi aprovado em Janeiro de 2005. Teve, para mim, tanta importância que considerei cumprida a condição com que aceitara renovar a tarefa, a condição de sentir cumprido o mandato para que fora eleito, Nesses idos tempos, onde me foi possível (e tive, pela única vez, acesso ao Expresso) muitas vezes referi o interesse de Portugal nessa questão, sublinhando o facto de Portugal ser, senão o maior um dos maiores países da dita União Europeia, desde que se contasse, como deveria, a parte submersa do território.
Ao referir este episódio, passados 16 anos, apenas pretendo dar um testemunho-contributo para o dia nacional do mar.
2 comentários:
E foi um óptimo contributo para este dia especial.O reconhecimento do nosso trabalho é sempre gratificante e não tem nada a ver com o ego,mas pela satisfação de contribuir para a construção de melhorar a vida da humanidade e do planeta.(que estão intrinsecamente ligados).Bjo
E foi um contributo importante.
Abraço.
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