segunda-feira, outubro 08, 2007

No dia em que

Transcrevo dois trechos do A talhe de foice, de Anabela Fino, no Ávante! de 4 de Outubro:

«... ostenta o nome de "Operação Milagre" o programa cubano de assistência médica oftalmológica gratuita a pessoas de parcos recursos em diversos países da América Latina, que já devolveu a vista a milhares de pessoas. (...)»

«(...) Em Santa Cruz, a segunda maior cidade boliviana, o ex-sargento Mario Teran recuperou a vista após ter sido operado às cataratas por médicos cubanos.
O caso nada teria de excepcional se Teran não fosse o homem que há 40 anos assassinou Che Guevara com uma rajada de metralhadora, a 9 de Outubro de 1967, um dia depois de ter sido preso e encerrado numa escola a algumas centenas de quilómetros de Santa Cruz. Teran não se apresentou com a sua identidade, receoso talvez de não ser atendido. Mas o filho - por ventura mais visionário que o pai alguma vez foi - considerou dever expressar o seu reconhecimento aos médicos cubanos numa declaração ao jornal local El Deber (O Dever). (...)"

4 comentários:

Maria disse...

Bom dia Sérgio

E pronto, lá fiquei com a lágrima no canto do olho...
Apesar de todas as dificuldades que conhecemos, vistas ao vivo, e apesar de todos os pesares, Cuba continua a ser um exemplo. E que exemplo....

Abreijos

Mar Arável disse...

NÓS NÃO DEIXAMOS MORRER OS NOSSOS MORTOS PORQUE ELES ESTÃO SEMPRE AO NOSSO LADO

ABRAÇO AMIGO

GR disse...

Tentei! tentei compreender porque razão Cuba o fez!
Teran, não deu a sua verdadeira identidade! Cobarde como sempre!
O filho foi mais honesto que o pai. E os filhos não têm culpa dos erros dos seus progenitores.
A nota (Gramna) explicativa de Cuba sobre esta matéria demonstra, que os cubanos são um grande exemplo!
«A cuatro décadas de que Mario Terán intentara con su crimen destruir un sueño y una idea, Che vuelve a ganar otro combate. Y continúa en campaña!»

GR

Anónimo disse...

Cuba, os médicos cubanos, não sabem a quem estão a prestar os cuidados médicos, no âmbito da "operação millagro". Porque Cuba, os médicos cubanos, decerto não perguntam o nome a quem prestam o seu apoio solidário, ou não exigem uma identificação.
Este episódio teria ficado desconhecido se o filho de Teran não o tivesse vindo publicitar.
Por isso, tem ainda maior significado. E não pode ser calado. Tem de ser conhecido.
Por isso, há quem o queira silenciado. Por isso, há quem não queira que se conheça a impressionante acção solidária de Cuba.