sábado, junho 05, 2010

A imagem da política que isto dá….

Houve tempos em que era a mensagem. Até muito se nos dizia que nós não conseguíamos passar a mensagem…
Pois agora é a imagem!
A política faz-se de imagem. Está-se em tempos de mais de um metro e oitenta (Sarkoy é excepção mas é compensado pela imagem de quem o acompanha e dos escândalos da sua vida privada…), um ar jovem, de actor de cinema (tem graça: vi, ontem e por desfastio, o Americam Gigollo, com o Richard Gere), um físico “desportivo” (há quem exagere dos sítios em que se mostra a fazer "jogging"), sempre vestido “à maneira”.
Não sendo novo o culto da imagem para “uso em política”, talvez a primeira vez que me chocou, “cá pela aldeia”, foi com Cavaco Silva. A mensagem sempre foi paupérrima, mas a imagem tirou partido do ar seco e de ex-corredor de 110 metros barreiras, de praticante de Charles Atlas na juventude, e daquele vinco nas calças que ainda hoje me irrita e que é subliminar. Um autêntico manequim.
Depois, o PSD perdeu-se, e nem Santana o salvou. Àquela imagem falta qualquer coisa, ou tem qualquer coisa a mais. Dá – ou deu – para papéis secundários, embora importantes, mas não dá para 1ª figura. A imagem do Durão daria, talvez, mas é para “águas profundas” (diz a esposa). Agora o Marques Mendes, o Menezes-que-chora, a Manuela…

Mas aí está Pedro Passos (de) Coelho! Todos os predicados. A imagem certa para substituir a outra. A já gasta de tanto “jogging”.
O que ele diz? Não se escreve… embora tenha de ter cuidado com aquela de pedir desculpas. Não vai bem com a imagem.
E como todos gostariam de ser Obamas!
Até pintavam a cara de preto…

5 comentários:

andreeof disse...

Como qualquer outro método propagandístico, a imagem é hoje mais importante que a honestidade, a seriedade ou a competência. Se antes se dizia que à mulher do César não lhe basta ser séria, mas também parecê-lo, hoje é tão-só suficiente parecê-lo, ao bom estilo da propaganda mais bárbara de meados do séc. XX. Neste Mundo que nos acolhe, é esta a ignorância que nos tolhe, impede e limita. Ninguém de bem se quer dedicar ao jogo sujo inerente à Grande Porca, vazia de ideias.

poesianopopular disse...

Ao ler este teu post,recordei tempos idos, quando ainda trabalhava de Cabeleireiro(agora vou fazendo outras coisas)quando algum colega não conseguia fazer o penteado a gosto da cliente, e esta fazia objecções- ele retorquia, olhe que este género vai ser a grande moda, e a cliente acabava por aceitar,(só que daí não vinha mal ao mundo).
Abraço

Justine disse...

Olha, sabes que mais? Venha o diabo e escolha...

Graciete Rietsch disse...

Sem comentários!!!!
Todos são maus actores.

Um beijo.

GR disse...

Boa análise!
Mas...
Quem ajudou a dar o poder a estes soufflés artificiais?
O Grupo Bilderberg!
Quem deu a força a estes palhaços da desgraça?
O povo. esse que agora grita socorro!

Bjs,

GR