sexta-feira, junho 04, 2010

Que estão a fazer deste País? - 2

Depois de ter desligado o computador, de ter passado ao período de leitura antes de adormecer, com durações e ritmos nada rígidos mas tendenciais, ainda pensei um bocado na mensagem, saída de jacto, sobre o País, o que estão a fazer dele, o que podemos nós fazer para contrariar tantas malfeitorias e o colocar na senda da História, tal como nós a vemos e queremos que seja.
E acordei com a pressa de vir aqui anexar, à mensagem anterior, uma reflexão sobre comparações no tempo vivido (privilégio dos "entradotes" na idade...), e tentar tornar muito claro que não tenho qualquer nostalgia do fascismo, embora tenha - oh! se tenho - nostalgia de algumas coisas vividas e de longos caminhos percorridos que vejo agora serem pervertidos.
Vinha a caminho daqui, e onde estou, e comecei por ver comentários ao que deixara. Obrigado por eles. É um bom dia! que gosto muito de ter.
Num desses comentários - dois são, e muito amigos e pertinentes -, a Maria veio precisamente ao encontro do que trazia como intenção de aqui "postar". Diz ela "(...) Também o outro fechou escolas primárias. Que raio de comparação fui buscar..."
É verdade. Se o outro, Salazar de seu nome, abriu postos escolares, construiu as chamadas "escolas dos centenários" para o ano de 1940 (que durou décadas a concretizar) e respectiva campanha fascisto-patrioteira, fechou a Escola do Magistério Primário acabando com a formaçõ de professores, traduzindo a "filosofia" de fundo de que o povo será feliz se se mantiver ignorante, se não tiver consciència de que é infeliz, de que para ensinar a ler, escrever e contar bastava saber ler, escrever e contar...
Também. então, os professores, os que possam transmitir conhecimentos e despertar consciências, a serem alvo prioritário, e o menosprezo e o combate à sua tarefa essencial, e indispensável, e urgente: formar, educar.
.
Mas que raio de comparações que nós vamos buscar...

9 comentários:

amigona avó e a neta princesa disse...

Nem mais Sérgio!

Graciete Rietsch disse...

De facto é absolutamente indispensável dar aos professores as condições necessáeias para que possam exercer condignamnte a sua nobre função.
Os nossos governantes ainda não repararam que os professores são o esteio de uma civilização e que é absolutamente necessário que todo o povo, incluindo qualquer profissão, tenha o grau de cultura suficiente para que se esbatam as desigualdades sociais.

Um beijo.

Maria disse...

Começo a desconfiar que não somos nós que vamos buscar as comparações, salvo as devidas distâncias.

Um beijo.

GR disse...

Contudo, “eles” não querem que os professores formem, nem eduquem crianças e jovens.
Senão vejamos; como é possível jovens que repetem várias vezes o 8º ano possam passar de imediato para o 10º?
A intenção do (des)governo é humilhar e maltratar os professores,
Duas professoras representantes legítimas dos docentes, dirigentes da Direcção Distrital de Aveiro do SPN foram vítimas de um ataque violento do director da Escola Básica S. Vicente de Pereira Jusã/JI- Ovar, ao ponto do director chamar a GNR (como antigamente o faziam).
Também um jovem estudante do Porto da JCP, foi preso vários dias, quando estava(m) a fazer um mural.
Estamos rapidamente a ir para o fascismo!
Há vários tipos de fascismos!
LUTAR, LUTAR, LUTAR é o nosso Caminho!

Bjs,

GR

samuel disse...

Quer-me parecer que apenas reparamos nas semelhanças...

Abraço.

Justine disse...

Quanto mais ignorantes melhor, para os seus desígnios. Portanto, para quê tanta escola???

Sérgio Ribeiro disse...

amigona avó e a neta princesa - ora vivam, bem-vindas!
Graciete Rietsch - Claro que sim. Tem de se lutar muito...
Maria - Obrigado pelas ajudas...
GR - Só há pouco vi o que se passou! Vou reler e ver se posso aproveitar (no bom sentido...) a vossa experiência.
Samuel - E a culpa é nossa?!Enquanto temos s diferença de poder denunciar -assim! - as semelhanças há que o fazer para que essa diferença não deixe de existir e as outras não ganhem raízes. Comoo fazes muito bem, cantingando...

Sérgio Ribeiro disse...

Justine - Apareceste já depois...
Pois! Apenas diria: para quê escola? Há que ensinar a não aprender e a escola é o sítio onde se ensina a aprender!

Antuã disse...

Mas esta corja quer gente inculta para melhor a dominar.